CAPÍTULO 3

"Mama, take this badge from me

I can't use it anymore

It's getting dark, too dark to see

Feels like I'm knockin' on Heaven's door."

Guns N' Roses - Knockin' On Heaven's Door

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No fim, as novas funções foram decididas, Wayne era o novo Prez, Aaron será seu VP, Willis o sargento de armas, Wilf capitão da estrada, Wyatt o tesoureiro, Wylie o secretário, e o Bryant como chefe de luta, isso era necessário com rapidez devido ao fato de que o clube não podia ficar sem nada definido se não espertinhos começariam uma rebelião de poder. Mas enquanto isso ocorria, Walter estava sendo preparado para ser enterrado com suas devidas honras, pela manhã ele seria sepultado, a realidade que se aproximava deixava os irmãos Jenpsen sem chão, esperavam ter mais anos juntos, morrer já velhos e com filhos dando netos, mas não assim, não por um irmão de patch.

— Está encerrada a igreja. — Wayne bate o martelo dando fim a igreja.

— Vamos pegar aquele bastardo Prez, juro pela minha vida. — Bryant fala determinado, o cara é um monstro no ringue, além de fisicamente, Walter foi o único que já o derrubou, ele tinha respeito pelo seu antigo Prez.

— Isso todos nós juramos irmão, esse recado vem de todos os MC's, ele será vingado. — Aaron complementa, por mais que Wayne quisesse falar algo nada saiu. Mas ambos sabem o quão Wayne é fechado na dele, ainda mais agora.

— Receba os outros Hell's Angels Aaron, os deixe acomodados que pela manhã faremos tudo o que for necessário. — Willis fala e Wayne agradece mentalmente.

— Farei isso. — Com um aceno ambos saem ficando só os irmãos.

— Ainda não dá para acreditar. — Wylie fala se apoiando na cadeira, dos irmãos ele é o caçula e o que mais demonstra emoções.

— Walter se foi. — Wyatt pega uma garrafa de Bourbon da adega particular deles e bebe do gargalo.

— Agora alguém me explica que merda aconteceu? — Wilf cruza os braços irritado.

— Você sabe do rato e tudo mais, Walter descobriu quem é o bastardo ao que tudo indica. — Wayne se mantém calado enquanto Willis fala.

— E é claro que o fodido foi atrás do maldito sozinho. — Wilf amaldiçoa dando um soco na parede. — PORRA! Ele tem a nós! Por que ir sozinho?

— Você sabe que o Walter só dava alerta após ter tudo certo, ele devia desconfiar apenas, mas o rato sujo foi sorrateiro. — Wyatt estava certo, o rato não se deixaria ser pego, ele mataria quem quer que fosse para conseguir seus objetivos.

— Nem o pai conseguiu tirar um de nós e agora... — Wylie não conseguia terminar a frase, uma lágrima escorre por sua bochecha, mas logo ele a limpa como se ela jamais tivesse passado por ali.

— Não me sigam, não estou para ninguém. — Wayne não aguentava mais, ele precisava pensar, precisava ficar longe de todos.

— Wayne, é melhor não sair cara. — Willis fala, mas Wayne estava irredutível.

— Foda-se vocês seus bastardos, se querem ficar aqui chorando feito maricas que fiquem! Eu não sou um bebê chorão! — Wayne grita indo para a porta.

— Wayne! — Wilf grita para o irmão, mas ele ignora e sai.

— Ele vai ficar bem? — Wyatt fala após outro longo gole.

— Nenhum de nós jamais ficará bem. — Willis fala olhando para a porta.

E pela primeira vez o silêncio se tornou ensurdecedor, os seis não serão mais os seis, um irmão se foi, assim como um pedaço de seus corações, o mundo MC é cruel, sem piedade ou meias palavras, mas uma coisa eles honravam, sua família. Wayne passa em disparada pelo corredor mas para abruptamente quando ouve um barulho na maçaneta de um dos quartos que os motoqueiros usam para foder as vagabundas, ele pega sua chave e abre derrubando Rosie no chão, ele tem uma chave de cada quarto porque quer sempre estar no controle.

— Tentando fugir de novo? Não me faça quebrar uma das minhas regras e bater em uma mulher. 

Rosie gostaria de dizer, bater novamente, mas era inútil demais até para isso.

— Não me olhe assim porra, a culpa foi sua por não ter dito a merda de uma vez. — Wayne então lembra que ela não fala. — Certo, além de cadela ladra é muda, perfeito! — Wayne ironiza e mal sabe ele o quanto isso afetou Rosie, por mais que ela não quisesse, esse homem cruel lhe afetava.

Rosie se afasta encostando na parede, sua costela doeu e ela fez uma careta, Wayne percebe sua expressão e se aproxima a passos largos, sem falar no olho ficando roxo.

— Por que está sentindo dor? — Ela se assusta com sua aproximação. — Esse olho precisa de gelo, mas logo passa, o que tem aí nas costelas?

Rosie viu que ele estava vindo para mais perto, erguendo suas mãos para tocar nela, as mesmas que lhe bateram, na mesma hora ela pensou que ele iria matá-la agora, já gastou muito do seu tempo, Rosie não faria falta mesmo, nunca fez.

— Eu só quero ver o que tem aí sua cadela louca, pare de chorar, odeio mulher chorona. — Wayne odiava quase tudo na verdade. — Me deixe ver. — Rosie não poderia fazer nada, tentando não chorar mais e irritar o homem que poderia lhe matar, ela cedeu.

Quando Wayne levantou a camisa velha e feia de Rosie se amaldiçoou mentalmente, sem dúvidas havia uma ou duas quebradas, como ele sabe disso só de olhar? Ele mesmo já viu suas costelas quebradas assim. Mas além disso ele sentiu um cheiro horrível, e vinha dela, Rosie nem se lembra da última vez que tomou um banho, mal tinha onde dormir, imagine onde tomar banho sendo mulher.

— Você está fedendo. — Tato não era bem o forte de Wayne.

Rosie apenas revira os olhos, ela falaria algumas verdades a ele se pudesse.

— Vou chamar o doutor Rowling para dar um jeito em você. Não tenho saco para ficar de babá, você vai ficar bem até que tenhamos mais informações. — Ele se afasta da Rosie, um misto de alívio e falta lhe apoderou, assim como ela queria seu afastamento, sua presença era reconfortante.

Rosie apenas assentiu, ainda encolhida no mesmo lugar.

— E você não tente fugir novamente, jamais conseguirá sair do MC viva se tentar. — Com uma última olhada para ela, ele sai e tranca a porta.

Já do lado de fora, após m****r um prospecto chamar o doutor, ele monta em sua moto a ligando e dirige para longe dali o complexo tem uma boate com um vasto estoque de bebidas, mas ele não está com saco para ouvir todos sentirem muito, Wayne quer sangue, de qualquer fodida forma, quer foder uma boceta também. Enquanto acelera sua moto sente o vento cortar sua pele, ele não é fã de camisas então usa apenas seu colete, sua calça jeans e seu cabelo desgrenhado, mas ele não liga, ele quer sentir dor, significa que ele está sentindo algo, e a dor interna fica de lado por hora.

Parando na frente de um dos clubes dos Mongols Wayne desce da moto e se prepara para o ataque quando entrar, ele sabe que essa área é deles, ele não liga, ele quer brigar. O primeiro que vier ele vai foder com os punhos no filho da puta, o ódio pelos Mongols é mortal, além do rato sujo eles também são os culpados pela morte do irmão.

De queixo erguido Wayne passa por todos os olhares tortos, ele não liga de estar na cova dos leões sozinho, uma coisa que ninguém sabe é que Wayne é sádico, ele tem agilidade, esperteza e muita habilidade para matar. Quando ele direciona seu peso para frente aumenta a força do seu braço causando um soco tão forte que mata com um único golpe, foi por isso que Wayne foi banido do ringue de luta, ele não sabe vencer sem matar.

— Acho que se perdeu do caminho de casa Hell's Angels. — Um dos Mongols se aproxima de Wayne no bar após ele dar seu primeiro gole na bebida.

Muitos não conhecem os líderes de cada grupo, a não ser por nome e suas tatuagens, Wayne fez questão de não se deixar saber quem ele é, ainda, apenas que é um Hell's Angels, então deixou seu colete guardado longe daqui, deixando apenas sua tatuagem do clube a mostra.

— Sério? Não sabia que tinha virado meu GPS agora. — Wayne fala sem desviar os olhos do copo, uma coisa que motoqueiro algum gosta é de ser ignorado, principalmente se for um do lado inimigo.

— Olha aqui Hell's Angels, ou você dá o fora ou eu chuto essa sua bunda magrela daqui. — Sorrindo Wayne bebe mais um gole, e a brincadeira está começando a ficar divertida.

— Quero ver quem vai ser o fodão que vai me tirar daqui. — Ele provoca e pisca para a bartender no balcão que sorri largo até receber um olhar ameaçador de um do MC dos Mongols.

— Vou te ensinar a voltar para casa, anjinho. — O motoqueiro dos Mongols chamado de Curt pega o copo de Wayne e joga sua bebida no chão bem na sua frente. — Nossa bebida não é para o teu bico sujo.

— Você está me devendo uma bebida. — Agora o papo está ficando sério, Wayne odeia que toquem na sua bebida.

— Quem vai me fazer pagar? — Curt gargalha alto e os seus amigos o acompanham.

— Interessante dizer isso. — Wayne sorri junto, e na mesma hora pega o Curt pelo colarinho e lhe dá uma cabeçada.

Curt fica cambaleante, porém Wayne nem sentiu, ele já teve baques mais fortes, logo em seguida ele lhe dá um chute no estômago e pela gola da camisa ele arremessa Curt por cima do balcão que desliza até o fim e após cai no chão, sem muito esforço Wayne passa a mão no cabelo arrumando o fio que saiu do lugar.

— Boneca, coloque outra dose para mim, na conta daquele babaca ali. — Sorrindo de canto ele pisca para a mulher chamada Suzi, toda derretida a mesma faz o que ele pede.

— Aqui gato. — Falando manhosa ela sorri.

— Me chame de Wayne, lembre-se desse nome. — Ele bebe tudo de uma só vez sentindo o líquido rasgar sua garganta, uma das dores que ele gosta, a dor do álcool entrando no organismo.

— Sou a Suzi, saio às três da manhã. — Sua foda de mais tarde, isso ele já garantiu.

— Suzi meu doce, pode se afastar um pouco do balcão? — Ela o olha sem entender, mas se afasta.

— Está bom assim? — Wayne sorri assentindo.

— Ótimo, cuidado com o vidro. — Ele a adverte.

— Mais que... — Antes que ela termine de falar ele arremessa outro dos Mongols contra as bebidas no suporte da parede espatifando as garrafas.

Ele sentiu a movimentação atrás de si, ouviu os protestos, sempre é assim, o líder babaca do grupo se ferra e os bastardos fracotes pensam que podem vencer, Wayne se vira já bloqueando o golpe do próximo suicida, para o prazer de Wayne eles estão fazendo tudo o que ele quer. Com um soco na boca do seu estômago mais um cai nocauteado, isso tudo ainda sentado, quando se põe em pé os três restantes ficam na dúvida se atacam ou não, dar uma de arregão é pior, então avançam para cima de Wayne que se defende como se estivesse no ringue, mas acima de tudo, ele vê o rosto do seu pai, do rato sujo e do Mongols responsável pela morte do irmão.

Quer combustível maior para sua vingança é ver na sua frente os culpados, sem nem tocar na sua arma ele apenas acerta golpes em cada Mongols que se aproxima, detalhe, sem derramar uma gota de suor. Com o bar destruído, algumas cadeiras ao redor e mesas próximas, eles param de vir para cima dele, então ele sorri se vangloriando, mas logo atrás vem os seguranças, enormes e totalmente armados sem medo de descarregar seu cartucho no mesmo.

— E a brincadeira chega ao fim! — Wayne pragueja, mas no fundo está adorando a adrenalina.

— Vem comigo. — Uma mão feminina segura seu pulso, ele quase lhe acerta um soco, mas por sorte reconheceu a voz, Suzi, a bartender.

— Onde? — Ele a segue enquanto a mesma o leva.

— Quer me foder ainda não quer? — Wayne sorri satisfeito.

— Se você tiver uma boceta doce posso comer mais de uma vez. — Suzi estremeceu na hora, ela sabe que era uma foda casual e não esperava nada além disso, ela só queria ser fodida também, então ouvir isso a deixava excitada.

— Então precisa estar vivo para isso. — Fazia todo sentido para Wayne já que estava sozinho entre os inimigos, nem sendo bom para caralho ele daria conta deles armados, no mano a mano era outra história.

Por uma saída dos fundos Suzi sai levando Wayne.

— Vista isso! — Ela joga um casaco com capuz para ele. — Eles não vão te reconhecer se usar.

— Por que está me ajudando? Quer tanto assim gozar? — Ele fala enquanto passa a camisa por cima da cabeça.

— Talvez seja essa marra, ou esses olhos misteriosos, só fiz por impulso. E eu quero gozar óbvio. — Wayne gargalha pela sinceridade assim que põe o capuz na cabeça. — Agora me beija.

Ela o puxa na mesma hora em que os seguranças saem e olham ao redor, eles não veem nada além de um casal se pegando no beco escuro, o que sempre acontece, então vendo que o seu alvo fugiu eles entram novamente no bar.

— Hora do seu agradecimento. — Wayne poderia foder ela, mas não trouxe uma camisinha, não pensou muito nisso ao sair em disparada do complexo. Ele não enfia o pau desprotegido em nenhuma bunda doce, vai contra suas regras, então ele daria o tão esperado orgasmo a vadia e iria embora.

— Sim... — Ela já começa a gemer enquanto Wayne sobe sua micro-saia, ele se surpreende ao descobrir que ela está sem calcinha.

— Safadinha. — Um beliscão no seu clitóris e ela grita de prazer. — Eu gostaria de te foder, mas estou desprevenido, porém isso não me impede de te dar o melhor orgasmo da sua vida.

— Mas você... — Wayne a cala com o dedo da mão livre.

— Shiiu, apenas relaxe e goze. — Com uma piscadela ele continua seu serviço.

Sua mão logo fica úmida com a excitação de Suzi, escorre a quantidade perfeita para fazer a fricção que ele quer, esfregando em um vai vem Suzi geme cada vez mais alto, um beliscão e ela grita de prazer. Ele enfia o dedo indicador na intimidade de Suzi indo até o final a fazendo ofegar, Wayne tem dedos longos e grossos, e ele sabe bem usá-los, seu membro faz um trabalho melhor, mas como substituto seus dedos são mágicos, nenhuma mulher que os experimentou não quis repetir.

— Hum... — Ela geme mais alto a cada estocada que Wayne da, então ele introduz mais um dedo. — Foda... sim...

— Goza cadela. — Ele fala no ouvido dela a estimulando, vadia gosta de palavra sujas, ele sabia disso.

Com os dois dedos em um vai e vem molhado ele usa o dedão para estimular seu clitóris a deixando a beira de um orgasmo, tão perto que ela começa a cavalgar em sua mão.

— Oh... sim... — Ele sabia que ela está perto então intensifica os movimentos e com uma girada e uma ida bem no fundo da sua vagina ela goza forte tendo espasmos visíveis. — CARALHO...

Com um urro sua libertação sai, ela precisou segurar no ombro de Wayne para não cair de tão forte que foi, ele nunca tinha lhe tocado antes, mas ele soube exatamente onde ela gozaria dessa forma.

— Se isso foi só com os dedos, o que você faz com esse pau enorme gostosão? — Ela fala ofegante.

— Que tal essa boca esperta descobrir? — Com um sorriso de canto Suzi desce já abrindo a braguilha de Wayne e libertando seu membro duro, grosso e pulsante, ele também estava sem cueca.

— É tão grande. — Seus olhos brilham ao ver o membro dele.

— Mete a boca e sente cada centímetro. — Na mesma hora ela começa a sucção fazendo Wayne sentir prazer. Mas no meio do negócio Aaron aparece.

— Achei você seu fodido, está louco? — Ele fala irritado.

— Mas o que está acontecendo? — Suzi para de lhe chupar e tenta levantar, mas Wayne a para antes.

— Apenas chupe meu pau, eu te fiz gozar. — Ela olha incrédula para ele que não está brincando.

— Isso é sério? Olha, se quer um ménage eu faço, mas não aqui. — Wayne revira os olhos e bufa.

— Some da minha frente. — Ele põe o membro ainda duro para dentro e fecha a calça.

— Já acabou? — Aaron fala impaciente.

— Por sua causa já. — Wayne caminha saindo de lá deixando uma Suzi pasma, Aaron o segue saindo do beco. — Se vier falar merda é melhor ficar calado.

— Só estamos preocupados, você quer se matar vindo ao clube do inimigo? — Aaron olha ao redor ao falar alto demais. — Temos que sair daqui.

— Eu só quis me divertir quebrando alguns bastardos, não enche. — Wayne revira os olhos já montado na sua moto, ele tira a camisa que a puta lhe deu e veste seu colete que ainda está VP, mas em breve estará Prez.

— Já perdemos um Prez, não podemos perder outro de uma só vez. — Aaron fala preocupado, Wayne era sua única família, quando Aaron estava no mundo das drogas os Jenpsen ofereceram a vida no MC e Aaron se tornou da família após isso, se eles não tivessem feito dele o que ele é hoje ele já estaria morto há muito tempo.

— Eu sei porra! Eu sei... — Acelerando sua moto Wayne se distancia de Aaron.

Em algum lugar ele vai ficar sozinho, então um lugar lhe vem em mente e ele dirige a toda velocidade para lá.

Tradução do trecho da música:

"Mãe, tire este distintivo de mim

Eu não posso mais usá-lo

Está ficando escuro, escuro demais para ver

Sinto como se estivesse batendo na porta do Céu."

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