Fiquei ruborizada imediatamente.
- Posso ensinar você se quiser, Medy. – Ele ofereceu para a minha menina, enquanto eu tentava me recuperar da frase de duplo sentido.
- Posso, mamãe?
- Você pode ser o que quiser, Medy.
Ela derrubou sorvete na roupa e ele limpou rapidamente. Ok, habilidade com crianças ele tinha.
- Tem irmãos? – Perguntei.
Ele riu:
- Mal tenho pais... Que dirá irmãos.
- Tem jeito com crianças.
- Gosto de crianças, mas confesso que Medy chamou minha atenção de imediato: falante, curiosa, inteligente...
- Devem ser os olhos verdes dela. – Brinquei.
- Igual os do meu pai. – Ela se exibiu.
Ele ficou tenso e eu lembrei de Charles, o que sempre me fazia ficar estagnada e temerosa. Era como se ouvir o nome dele me fizesse ir devagar, esperançosa de que ele pudesse aparecer do nada.
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