— ELIZABETH —
Eu me sentei novamente na cama, sentindo o peso do mundo se acumular sobre meus ombros. A pressão crescia em meu peito como uma corda apertando, dificultando a respiração.Meus pensamentos eram um turbilhão, mas uma certeza se sobressaía em meio ao caos: tudo o que eu queria agora era paz. Nada mais. Nenhuma vingança. Nenhum ajuste de contas. Apenas distância.Distância de Allan, daquela dor, daquele passado que insistia em me puxar de volta.— Pai, por favor… — minha voz saiu baixa, quase implorando. — Não faça nada impulsivo. Eu já tomei minha decisão. Me afastei dele. Isso basta. Não precisamos alimentar mais essa dor. Eu não quero mais pensar nisso.Augusto me encarou. Seu maxilar estava travado, os olhos ardendo em uma mistura de frustração e fúria contida.Ele respirou fundo, e por alguns segundos, o silêncio entre nós foi cortante. Era como se ele estivesse travando uma batalha interna: entre o instinto de proteger e o d