>ELIZABETH<
A campainha tocou.Eu hesitei.Não queria abrir a porta, não queria ver o rosto dele, mas, ao mesmo tempo, eu sabia que essa era a última chance de colocarmos um ponto final nisso.Eu não poderia mais fugir. Eu não podia mais empurrar o problema para debaixo do tapete.Eu precisava ser honesta, até com a dor.— Quem está batendo filha? — papai perguntou, eu não tinha certeza, mas poderia imaginar.— É isso que vou descobriLevantei-me, caminhei até a porta e abri. Lá estava Patrício, com aquele olhar que eu sempre achei tão cheio de força e certeza.Ele olhou para mim, e pude ver a esperança em seus olhos. Era como se ele ainda acreditasse que podia resolver tudo, como se ainda acreditasse que nós poderíamos superar o que quer que fosse que estivesse nos separando.Eu sabia que, no fundo, ele não estava preparado para ouvir o que eu tinha a dizer, mas eu precisava falar.— Oi — foi tudo o que consegui dizer. Minha voz