>PATRÍCIO<
Não sabia se ela estaria lá, mas precisava tentar. Precisava ver o que estava acontecendo em sua cabeça, ouvir dela o que eu não conseguia entender.E, talvez, se ela me visse, se estivesse disposta a falar, eu poderia, finalmente, compreender o que se passava no seu coração.Cheguei à porta da sua casa e toquei a campainha. A resposta foi um silêncio pesado, um silêncio que me cortou a alma.Não havia som de passos, de movimentos. Eu sabia que ela estava em casa, mas ela não queria me ver. E isso me destruía.Eu toquei a campainha novamente, mais uma vez, mais forte, mais insistente. Eu precisava falar com ela.Eu precisava fazer com que ela entendesse que a amava e que tudo o que estava acontecendo não era o que eu queria. Mas nada.Nenhuma resposta.O desespero começou a se misturar com a frustração. Como eu poderia mostrar a ela o quanto eu a valorizava, o quanto ela significava para mim, se ela não queria nem sequer me ouvir?<