>ELIZABETH<
Após nossa conversa, fui para minha casa, e a noite se arrastou lenta e silenciosa. A gente não estava mais ficando tanto tempo juntos. Nós dois precisamos de tempo para processar tudo o que está acontecendo.E talvez essa distância seja uma opção, afinal.Eu tentei processar tudo o que ele tinha me dito, mas era como se uma nuvem de tristeza e empatia estivesse pesando sobre mim.Patrício me confessou o que mais doía nele, ele abriu todas as suas feridas para mim.Ele tinha me dado um vislumbre de sua alma, e eu queria poder fazer mais por ele, aliviar suas dores, mostrar-lhe que ele era capaz de se curar.Mas não havia muito que eu pudesse fazer, além de ser presente e apoiar sua recuperação, por mais difícil que fosse.Meus pensamentos voltaram a Allan, e o que ele havia feito, e eu percebi que havia muito mais coisas acontecendo em nossa vida do que eu poderia controlar.Allan não é um desequilibrado como eu pensei, Estela que é.