Fugindo de um casamento forçado
Fugindo de um casamento forçado
Por: Rita X
Capítulo 1

Mariana saiu correndo para não perder o trem, quando veio um rapaz apressado também, que lhe deu um encontrão, fazendo sua mala cair no chão. Quando ela se abaixou para juntar as roupas espalhadas pelo chão, se deparou com aqueles olhos perturbadores a encarando, e o pior segurando uma calçinha em sua mão. Puxei rapidamente da mão dele, e lhe disse: Não olha para aonde anda? Olha só o que você fez. Ele respondeu com uma voz firme e sensual. É um prazer poder ajudar uma moça tão bonita, me chamo Ruan Carlos. Ela lhe respondeu que não tava ajudando nada, já que ele era o culpado de ter derrubado sua mala, colocou tudo rapidamente na mala e saiu correndo, nao podia perder aquele trem. Tinha medo que seu pai a encontrasse, depois que descobrisse que que havia fugido.

Tinha juntado todas as suas economias, de mesadas que recebia todos os meses de seu pai, conseguiu comprar uma passagem de trem para bem longe. Tinha que ir de trem, ainda não tinha seu passaporte para ir de avião. Iria ser vários dias de viagem bem cansativo, mas se conseguisse fugir seria ótimo.

Deixei uma carta para meus pais. Explicando que os amava, mas teria que fugir, não poderia ser forçada a se casar com um homem que não amava, e que tinha a idade do seu. sentia muito ter que tomar a decisão de fugir, mas iria de encontro a sua felicidade. Ficou pensando que na hora que seu pai lesse essa carta, já podia até imaginar: vai ficar furioso, e mandaria seus capangas atrás dela. Avistou o trem, e foi correndo de encontro a ele, conseguiu embarcar no trem. Só havia conseguido um vagão de segunda classe e seria compartilhado com alguém que não conheçia. Mas isso não era importante, só pensava em conseguir fugir, antes que seu pai a encontrasse. Quando entrei no trem, fui para o vagão, mas quem dividiria comigo ainda não tinha chegado, assim era melhor, eu poderia escolher a cama que iria dormir, e o armário. O vagão era bem bonito, nas bem simples, tinha dois sofás que viravam duas camas de solteiro. Um banheiro simples mas funcional, uma mesa de centro aonde iria fazer a maior parte das refeições. No trem havia vagões de primeira classe, muito chiques e confortáveis, mas optei pelo mais simples, não sabia até quando meu dinheiro iria dar. Tinha dois armários embutidos, escolhi o que ficava do lado da minha cama. Estava começando a desfazer as malas, e arrumar as roupas no armário, quando entrou um homem no meu vagão, tomei um susto, era o mesmo que havia me esbarrado lá fora e derrubado todas as minhas coisas no chão. Falamos juntos:

Acho que está no vagão errado. Eu mostrei minha passagem e ele a dele, conferimos e era o mesmo vagão. Estava muito nervosa com essa situação, ele me olhava com um olhar intrigante, e me perturbava esse seu jeito.

Resolvemos falar com o responsável do trem, que por sinal já tinha dado a partida, nem havia me dado conta que ja estávamos seguindo viagem. O responsável pelo trem conferiu as nossas passagens e disse que estavam corretas, que eles e que haviam feito confusão com os nomes, e não se deram conta que era um casal, e não duas mulheres ou dois homens. Mariana perguntou se havia outro vagão disponível, ele disse que não, que o trem estava lotado, falou para eles que, ou eles seguiam viagem como duas pessoas civilizadas, ou esperassem a próxima estação para descerem, que sentia muito mas não tinha outro jeito.

Ruan Carlos disse que não desceria, foi um custo encontrar essa vaga e precisaria estar no seu destino para trabalho, se ela quisesse descer na próxima estação, ele a rembolsaria pelo que gastou.

Mariana estava muito nervosa com essa situação, mas não poderia voltar, se não teria que se casar a força. Ali ninguém sabia que estava com documentos falsos, e que estava fugindo de um casamento arranjado. Teve que concordar em dividir o vagão com ele. Achei muito arrogante da parte dele como falou, mas eu não podia arrumar atritos, quanto menos barulho em relação a mim melhor, tinha que ficar calada e bem quietinha para não ser descoberta, se não estaria perdida. Agradeçemos o responsável pelo trem e dissemos que estava tudo bem. Chegamos a conclusão que precisávamos dividir o mesmo vagão. Coloquei minhas condições e ele concordou. Acabei de desfazer as minhas malas e estava terminando de guardar minhas roupas, quando ele puxou assunto dizendo: Eu só concordei em dividir esse vagão de segunda classe, porque não tinha vaga no de primeira. Nem consegui marcar um vôo, estava tudo lotado e eu preciso chegar a tempo, vou em um congresso muito importante. Permaneci quieta, só ouvindo. Acabei de guardas minhas coisas e tinha um pequeno restaurante e bar no trem, resolvi tomar um refrigerante, estava muito calor, e comer alguma coisa, com essa confusão toda ainda não tinha me alimentado, quando estava saindo ele me perguntou aonde ia, não respondi e ele me seguiu, fiquei sem graça em lhe dizer que queria ficar sozinha, não podia mais chamar a atenção. Estava com muito medo do que poderia me acontecer, se meu pai me descobrisse. Ele me acompanhou até o restaurante, e perguntou se poderia se sentar comigo, disse que sim, estava muito cansada para discutir.Ele me pediu desculpas por ter sido rude nas palavras, ele sempre muito educado, eu que havia sido rude nas palavras, mas deixei ele achar que o grosso era ele. Lhe disse que havia sido só um mal entendido, que era só ele me deixar seguir viagem em paz que estava tudo bem. Ruan Carlos me respondeu com uma pergunta: Porquê tão brava, sabia que fica linda assim?

Fiquei ruborizada e desconcertada, não estava acostumada a receber elogios assim, tão diretamente, ainda mais por um estranho, elegante e charmoso como ele. Vivia mais trancada em casa que tudo, estava faltando poucos dias para completar a maior idade, aí não precisaria mais ficar fugindo. Olhei diretamente para ele e lhe disse que gostaria que mantivesse a maior distância possível de mim, e que fizesse essa viagem de preferência calado.

Ele me disse: Sim senhora onça brava.

Acabei de tomar o meu refrigerante e comer o meu salgado, paguei a minha conta, virei as costas e fui para o vagão, deixando ele sozinho no restaurante.

Estava muito cansada, ainda era cedo, aproveitei que ele não estava no vagão, tomei um banho e coloquei um conjunto de malha confortável de calça comprida e blusa, abri a cama e deitei.

Não havia dormido nada na noite anterior, pensando em tudo que iria fazer. Planejando minha fuga, com ajuda é claro dos meus amigos, sem eles seria impossível conseguir fugir. Me conseguiram a documentação para que eu pudesse embarcar no trem. Fiquei pensando em tudo e acabei adormecendo.

Ruan entrou no quarto e viu que ela estava dormindo encolhida, pegou uma manta e a cobriu. Sentou no outro sofá cama e ligou seu notebook, abriu uma pasta contendo vários papéis com anotações, começou a estudar, porque era o palestrante principal do congresso, apesar de ser um jovem de vinte e oito anos, já era um veterinário conceituado, e estaria disputando uma vaga para trabalhar com animais em extinção, seria muito importante para sua carreira.

Era solteiro, não tinha encontrado ainda um verdadeiro amor, nem queria, não tinha tempo para um relacionamento sério, estudava e trabalhava muito. Era uma vida de muita dedicação, amava cuidar e estudar os animais.

Tinha que fazer sacrifícios pela sua carreira, um deles era ficar longe da sua família que tanto amava.

Tinha duas irmãs Ana e Maria que moravam com seu pai e sua mãe, eram mais novas que ele. A mais velha já estava de casamento marcado para o fim do ano. seu pai andava meio adoentado, sua mãe estava cuidando dele em sua ausência, já que ele que ajudava a cuidar do pai. Estava preocupado em fazer essa viagem por causa deles, mas sua mãe insistiu para que fosse atrás dos seus sonhos, que só poderiam ser vividos por ele. Aceitou ir fazer esse congresso para poder voltar logo para casa, para poder continuar a ajudar a tomar conta do seu pai. Queria ficar perto do seu pai, o amava muito, e estava profundamente triste com sua doença. Sabia que se seu pai partisse, sua mãe não saberia viver longe dele. Iria sofrer muito, afinal de contas sempre foram muito unidos. Seu pai sempre foi um homem de caráter inabalável, muito amoroso com os filhos e esposa, o amava muito e queria que ele sarasse logo. Eram muito companheirosum do outro, amigos e confidentes. seu pai e sua mãe nunca haviam discutido, mantinha um relacionamento sempre com respeito e muito amor. Um dia quando encontrasse a moça dos seus sonhos, gostaria que tivessem um relacionamento igual ao dos seus pais, eram um exemplo de vida. Estava imerso nós seus pensamentos, quando olhou para o lado e viu aquela linda mulher dormindo como um anjinho, nem parecia aquela onça brava. Tirou esses pensamentos da sua cabeça, e voltou a se concentrar nos estudos.

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