Igor, carregando sua pequena mochila, subiu as escadas com Abelardo. O grande e o pequeno se olharam com olhares intensos.
Igor encolheu o pescoço, um pouco apreensivo, e disse:
- Pai, por que você está me olhando assim? Eu não fiz nada de errado.
- Você não deveria ter saído com um estranho sem avisar sua mãe. Você não percebe o quanto ela deve estar preocupada? - Abelardo repreendeu.
Igor retrucou:
- Mas, pai, ele não é um estranho. Ele é meu avô de verdade, e quando olho para ele, sinto que ele se parece muito conosco.
Abelardo franziu os lábios. Simão já estava velho, como ele poderia dizer se eles se pareciam ou não?
- Com qual olho você viu a semelhança? - Perguntou Abelardo.
Igor encolheu a língua e disse:
- Com os dois olhos, pai. Eu realmente achei que ele se parecia conosco. Pai, eu não vou mais sair sem permissão. Vamos ligar para a mamãe!
Abelardo ficou surpreso por um momento. Ele ainda não tinha decidido como contar a Ursula sobre sua verdadeira identidade.
Ele estava r