17. Psycho Chris

O sol havia nascido faria um bom par de horas. O gosto amargo da noite insone se instalou em sua garganta e ameaçava jamais deixá-lo. Chris revirava o celular nas mãos frias, repassando em sua mente as palavras de Lou. Não acreditava que até mesmo sua amizade de infância com Henrik ela estragaria. Ao chegar em casa na noite anterior, alguns flashes do dia de seu acidente o acometeram; momentos de luz azul intensa, o rosto de Louisa ora desesperado, ora admirado, eletricidade intensa nos braços delicados dela e dor, muita dor. 

Tentava entender o que diabos havia acontecido, mas nada plausível vinha à mente. Após algumas horas, Chris começou a deixar o ceticismo de lado e pensar mais além, em coisas mais fantasiosas, porém nada o fazia chegar a lugar algum. Um sentimento inominável tomava conta dele, expandindo seu peito a ponto de doer fisicamente. Não conseguia chorar, mas a vontade estava ali, batendo em seus olhos com força. Rangia os dentes dolorosamente, sentado no c

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