Eu ouvia vozes. Vozes familiares, mas que eu não conseguia definir ainda de quem eram.
Procurei abrir os olhos e, por um momento, tudo o que enxerguei foi uma névoa que, à medida que eu ia piscando, foi se desvanecendo.
- Ela está acordando. - Ouvi alguém dizer.
Me dei conta da dor de cabeça que sentia e, ao tentar me erguer, fiquei tonta.
- Filha??
A silhueta e logo depois a figura completa da minha mãe se fez visível diante de mim e eu procurei me situar.
- Onde eu estou? - falei, e acredito que minha voz saiu débil e rouca.
- Está no hospital.
Hospital?
Oh, céus! De repente me lembrei de tudo, e acho que isso fez minha cabeça doer ainda mais. Ou voltar a doer.
Minha mãe se sentou cuidadosamente ao meu lad