Assim que Evandro Bernardi expulsa o homem que me atacou, ele caminha em minha direção.

__Me permita ajudá-la senhorita lucy? Ele estende a mão para mim.

__ Não preciso de ajuda! dou-lhe um tapa em sua mão é em seguida levanto-me do chão.

___Como você sabe o meu nome? Pergunto-lhe.

__ É o meu dever saber o nome dos meus funcionários. Ele diz com um tom sério, porém com um sorriso de lado em seu rosto.

Que vontade de quebrar a cara dele!!!.

Esse seu sorrisinho, me dá ainda mais raiva é faz meu sangue ferver. Não acredito que fui salva por ele, justamente ele!

__ Parece que cheguei bem a tempo não foi? Ele olha sério para mim.

__ Eu poderia ter me protegido sozinha, não precisava de sua ajuda! Viro de costas para ele, na intenção de evitar o contato visual com esse Cretino.

__Eu vi o estrago que você fez nele, mas o que você deve saber é que armas sempre vão vencer os punhos. Deveria ter uma também senhorita!

__ Não obrigada!

Começo a andar em direção a saída do estacionamento quando escuto sua voz irritante atrás de mim.

__Já vai?! Não quer ficar e beber algo comigo? Eu adoraria ter sua companhia hoje.

Trinco os dentes para não falar nenhuma besteira, é em seguida me viro para respondê-lo.

__ Não obrigada. Eu não tenho tempo para isso,  ao contrário de certas pessoas.

__Por que está sendo áspera comigo? Afinal eu te salvei!

_ Você....

Antes de terminar a frase penso bem e acabo recuando. ___ Só quero ir para casa e dormir, o dia não foi fácil para mim!

__Então me deixe levá-la até sua casa.

___Não obrigada, não é necessário.

__Se quer assim....

__Sim eu quero....

Ele anda em minha direção sem perder o contato visual.

__ Sabe... de todas que trabalharam para mim, você e a primeira a recusar algo. Ele coloca a mão nos meus cabelos e tira uma mecha.

__ Há uma primeira vez para tudo. Respondo em tom ásperos.

__ Eu gostei de você. Ele abre um sorriso torto.

É eu odeio você!!! 

Olho para ele sem dizer uma palavra.

__Esse seu jeitinho me encanta. Ele coloca a mão dentro de seu terno e tira várias notas de cem. Tenho uma proposta para você, preciso de alguém que me faça companhia essa noite. __Ele morde os lábios inferiores.____ E eu quero que seja você.

Evandro se aproxima ainda mais em meu corpo, então ele me envolve em seus braços. Ele tenta me beijar, mas eu viro o rosto.

__ Eu disse ao Victor que não tr@nso com Clientes.

__Eu não sou seu Cliente. Sou seu chefe! ele lança um olhar firme, tentado me passar autoridade.

___Mesmo assim, eu não tenho interesse! Lanço um olhar firme levantando minha sombrancelha.

Evandro fica impressionado com a minha ousadia e me solta. Ele fica me olhando como se eu tivesse duas cabeças, mais eu sei que provavelmente ele ficou frustado por não ter conseguido o que queria.

__Está bem.... Quem sabe outro dia. Ele coloca o dinheiro de volta ao terno, em seguida ele abotoa os botões.___ Até a próxima Lucy.

Evandro vira as costas para mim, é caminha em direção a saída do estacionamento. Ele para em frente a um carro escuro de luxo onde o seu motorista o aguarda do lado de fora do carro. Ele se vira e olha para mim por um estante, então entra no carro e vai embora.

Caminhando em direção a minha casa penso no que aconteceu comigo hoje. Realmente aceitar está proposta não foi a melhor escolha. E eu com certeza tomei a escolha errada é não pensei nos risco que poderia acontecer comigo. Hoje já tive uma pequena demostração, e pela ironia do destino fui salva pelo meu inimigo. E agora para completar ele não sairá do meu pé. Agora, não tem como voltar atrás tenho que continuar até o fim.

Os dias passam, e posso dizer que os reflexos da minha escolha já começaram a surgir. Tive que me mudar de apartamento porque a polícia estava atrás de mim, tudo porque o meu chefe descobriu que não fui para Roma. E agora vivo escondida, nem da minha tia posso me aproximar mais.

Se eu pudesse voltar a trás faria tudo diferente. Porquê eu tenho que ser tão emotiva e tomar as decisões no calor do momento?

Apesar de tudo isso, finalmente estou conseguido o que quero. Sempre após o Shows que faço, o Sr. Bernardi faz reuniões com seus funcionários em lugares privado, mas e um lugar onde eu tenho acesso. Então passei a sabotar seus planos e seus negócios, fazendo denuncias anônimas.

Porém, o preço disso e bem caro. Evandro Bernardi passou a frequentar o cassino frequentemente por minha causa. Além disso ele faz algumas gentilezas como mandar flores, ou dar bônus por eu ter feito o meu Show. Está mais do que claro o porquê ele está sendo tão gentil comigo.

Se ele pensa que pode me conquistar, está completamente enganado!

Mais uma noite de trabalho, mais um tormento. Após finalizar o Show fui para o camarim me trocar, e enquanto tirava a maquiagem Victor entra com um segurança.

__ Lucy, este segurança tem um recado do Sr. Bernardi.

__ Pode falar. Olho para eles sem muito interesse através do reflexo do espelho.

O que o "Maravilhoso" Evandro Bernardi quer dessa vez?.

__Escute moça, O Sr. Bernardi tem um excelente negócio para você. Ele coloca uma pequena pilha de Euros bem em minha frente. __O Sr. Bernardi oferece a Senhorita 100.000.00 Euros por uma noite.

___O meu Deus! Victor coloca a mão na boca. ___ Quanto dinheiro! Aceita Lucy!

Olhei para a pilha de dinheiro em cima da banca ao meu lado, e no mesmo instante senti nojo, então peguei o dinheiro e o devolvi.

__Diga para Sr. Bernardi que não quero! E que não vou me deitar com ele!

___ Que?!!! Victor olha para mim incrédulo. Você perdeu a cabeça menina?

___Não, nunca estive tão bem de cabeça. Respondo para ele é me viro para o segurança. __ E você fora daqui! Empurro ele pela porta.

__ O Sr. Bernardi não vai ficar satisfeito com a sua recusa!

___ Eu quero que se Dane o Sr. Bernardi! Fecho a porta.

Sento bruscamente na cadeira, depois começo a tirar o resto da maquiagem que restava no meu rosto.

__Você é louca. Vejo pelo reflexo Victor pasmo. __Ele nunca ofereceu tanto por uma das nossas garotas. E é assim que você retribui ele?

___ Eu falei que não dormiria com nenhum cliente, mesmo que o cliente seja meu chefe.

E ainda mais se for ele.