🌺 Duas semanas depois 🌺
🌺 Laura🌺
Desde o dia que vi aquele garoto o Matheus na lanchonete que não paro de pensar nele, volta e meia que vejo estou lembrando daqueles olhos e do seu sorriso, a sua voz grave falando meu nome, chega me arrepia toda.
Pena que não consegui mais ir na lanchonete para vê-lo novamente, espero poder ir novamente lá e quem sabe consegui conversar com ele, saio dos meus pensamentos e termino meu banho e sigo para meu quarto para me arrumar e ir para a escola, assim que fico pronta vou para a cozinha e só encontro meu pai.
- Bom dia pai! Cadê a mamãe?
-A Dra. Germana pediu que ela fosse mais cedo hoje, mas ela deixou um beijo.
- Obrigado pai. E o senhor?
-O seu Jorge só vai mais tarde.
- Ah tá.
Tomo meu café conversando com meu pai, contando para ele de umas aulas extras que me inscrevi na escola para poder consegui a média na prova da faculdade e como sempre ele me apoia e me incentiva bastante.
- Pai eu vou indo, avisa para a mamãe que não venho almoçar da escola eu vou a biblioteca terminar um trabalho.
-E você vai comer aonde minha filha?
- Eu faço um lanche na rua mesmo pai.
-Tome aqui, passe num restaurante e almoce e nada de lanches viu mocinha.
- Não precisa pai, pode fazer falta depois, eu como um lanche mesmo.
- Não senhora, o seu Jorge me deu um extra de um serviço que fiz então pode pegar o dinheiro e comer direito.
- Tá bom pai, eu te amo.
Dou um beijo em meu e me despeço, saio e dou de cara com o Jack.
- Oi Laura e aí não quer uma carona?
- Não obrigado.
- Eu queria saber o que eu te fiz para você não gostar de mim.
- Só em você existir e viver no meu pé já é o suficiente, não acha.
-Mas eu ainda vou te mostrar que sou bom, basta você me deixar te mostrar que eu posso ser o homem de sua vida.
- Esqueci Jack eu não estou a fim de relacionamentos ou nada parecido nesse momento, principalmente com você agora se não se importa eu preciso ir.
- Eu ainda vou conseguir Laura, pode escrever um dia você vai ser minha.
Saio dali o mais rápido, aí Deus me dê paciência e sabedoria para não m****r ele a merda qualquer hora dessa, se meus pais não precisasse tanto desse emprego juro que já tinha mandado ele para aquele lugar.
Chego no ponto e meu ônibus já está passando meu ônibus e não demora chego na escola e já encontro a Bianca.
- Bom dia Laura.
- Bom dia Bianca.
-E que foi que foi, você tá com uma cara.
- Ai Bianca como queria já ser adulta e poder trabalhar e tirar meus pais daquela casa e sair dali também.
-O idiota do Jack te importunando novamente?
- Ai Bianca eu evito tanto encontrar com ele mas as vezes acontece e aí é um desastre e você nem acredita que ele disse que eu ainda vou ser dele,vê se pode.
- Ele é doido é? Aí Laura toma cuidado quando ficar em casa só, tranca tudo caras como ele não tem nada a perder e você que ainda sai de ruim na história.
- Eu sei por isso eu já me programei para sair todas as tardes assim não corro risco.
- É isso ai. E aí você já terminou o trabalho de biologia?
- Vou terminar hoje, quando sai daqui vou direto para a biblioteca.
- Eu terminei o meu ontem, hoje eu vou sair com minha mãe.
Ficamos conversando mais um pouco e logo a Daniela chegou e se juntou a nós e ficamos ali até o sinal tocar e irmos para a sala.
As primeiras aulas foram maravilhosas o professor de Química fez uma dinâmica bem interessante para aprendermos o novo conteúdo e foi muito legal a turma inteira participou, depois tivemos uma gincana de matemática que animou toda a turma.
Depois do intervalo as aulas foram mais chatas mas como tínhamos que prestar atenção, ainda bem que não demorou muito e o sinal tocou.
- Laura você quer uma carona eu e minha mãe vamos para pertinho da biblioteca.
- Ai Daniela eu quero sim.
Me despeço da Bianca e do Lucas e vou com a Daniela, ela me apresenta a sua mãe e seguimos nossa viagem e ela acabou me deixando em frente a biblioteca, depois de agradece-la eu desço e vou a um restaurante que tem pertinho e não é muito caro, faço meu prato e almoço fico ali mais um tempo e sigo para a biblioteca.
Assim que chego já vou buscar os livros que vou precisar para fazer minha pesquisa, assim que termino pego todos e levo para a minha mesa predileta que é de frente a janela, mas assim que vejo ela já está ocupada, então olho ao redor e as outras mesas também estão ocupadas, fico um tempo ali olhando para ver onde vou sentar e quando me viro vejo o garoto do lanchonete sentado ao fundo. Fico tentada a ir sentar com ele, penso várias vezes, ele nem deve se lembrar de mim e antes de decidir ele vem em minha direção.
- Oi. Se lembra de mim?
- Claro. Matheus não é?
- É sim e você é a Laura.
- Acho que temos uma memória boa.
- Sim. Vem vamos sentar ali comigo , claro se não se importar.
- Não me importo até porque não tem nenhuma mesa vazia mesmo.
Ele me ajuda com os livros e seguimos até sua mesa, ele coloca os livros em cima da mesa enquanto eu pego meu caderno e meu estojo e coloco na mesa.
- Vai fazer trabalho?
- Sim, preciso de alguns conteúdos que os livros que tenho não tem.
- E você?
- Estou estudando para uma prova que vou ter na sexta.
- Você estuda onde?
-Na universidade de Seattle.
- Nossa você já está na faculdade?
- Sim eu conseguir a bolsa e pulei os dois últimos ano do ensino médio.
- Sério? Nossa eu estou estudando muito para fazer essa prova também. Que curso você faz?
- Engenharia.
- Nossa meu sonho também.
- Então é só estudar que você consegue.
- É isso que faço todos os dias, tiro duas horas só para as matérias da prova, dizem que é tão difícil.
- Eu não achei, na verdade eu fechei a prova.
- Então você deve ser muito bom.
- Eu só me dediquei bastante.
- Seus pais devem ter ficado orgulhoso de você.
- Eu não tenho pais, minha mãe faleceu eu tinha três anos e meu pai eu não conheci.
- Ai me desculpa Matheus, eu não...
- Não tem problema Laura, isso é normal eu já me acostumei.
- E você não tem ninguém?
- Só a tia Mary, ela era amiga de minha mãe e depois que ela morreu ficou responsável pela minha criação.
- Que bom então. E você mora aqui com ela?
- Não eu moro na faculdade, a tia Mary mora em Detroit.
- Você é de lá?
- Sim, vim fazer minha faculdade, porque quero ajudar a tia Mary a reformar o abrigo onde eu morei.
Ficamos ali conversando e ele acabou me contando toda a sua história, desde que sua mãe faleceu e seu sonho de ter a sua empresa para ajudar o abrigo onde ele viveu e ajudar a tia dele a ter uma vida mais tranquila, eu acabei falando para ele do meu sonho também só ocultei a parte do Jack.
Nossa conversa fluiu tão bem que até esquecemos o que fomos fazer na biblioteca, mas logo cada um pegou seu livro e fomos começar nossos trabalhos eu fiquei fazendo minhas pesquisas e ele a dele.
- Laura você tem uma borracha para me emprestar?
- Tenho sim.
Pego meu estojo e procuro a borracha e assim que encontro pego e quando vou entregar a ele nossos dedos se tocam e parece que ele tem eletricidade porque sinto meu corpo todo tremer e não sei porque acho que ele sentiu a mesma coisa que ele retirou a mão rapidinho e me olhou com aqueles olhos cinzas que estavam bem intensos, nossas troca de olhares foi imediata, mas logo desviamos nossos olhares e continuamos com nossos trabalhos.
- Acho que está na minha hora.
- Já, achei que você podia ficar mais um pouco.
- Não, porque fica tarde para eu pegar o ônibus e voltar só.
- Posso te acompanhar, assim você chega segura.
- Não precisa se incomodar eu posso ir só.
- Eu faço questão, assim a gente pode ir conversando.
-Então tudo bem.
Termino de arrumar minhas coisas e ele me segue e saímos da biblioteca, ele vai comigo e logo meu ônibus passa e seguimos, ainda bem que conseguimos sentar e ficamos um ao lado do outro e meu coração batia tão forte por está ao seu lado, não sei o que estava acontecendo mas ele estava me fazendo sentir coisas que nunca havia sentindo antes.
- É... Laura posso te pedir uma coisa.
- Claro.
- Seu número de telefone, assim a gente pode conversar e quem sabe a gente marca outro dia para estudar e aí eu posso te dá umas dicas sobre a prova.
-Sério? Você pode me ajudar mesmo? Mas não vai atrapalhar seus estudos, o seu trabalho?
- Não. Eu consigo conciliar e assim é bom que eu posso ter uma amiga para conversar também já que eu não tenho ninguém aqui.
- Tá bem, me dá seu telefone que eu coloco meu número e depois você me manda um oi.
E assim faço pego seu telefone e coloco meu número e quando vou devolver novamente nossas mãos se choca e a mesma energia inicia novamente, o restante do caminho fomos conversando sobre a faculdade e não demora chega no meu ponto e ele desce comigo ele se dispõe a me acompanhar mas eu falo que não precisa, ele já fez muito, nos despedimos ali e ele me surpreendeu com um beijo no rosto, que me fez ficar vermelha como uma cereja, ele me libera e vou para casa com uma sensação tão boa, um beijo no rosto que me deixou nas nuvens, leve como uma pluma