Parte III

- Tu falas agora quanticamente ou espiritualmente? Perguntadora Vivian Correia, uma das doutoras responsável pelo parecer do trabalho acadêmico, de César.

Iniciara um discurso eloquente, que nem a bancada de doutores e pós doutores, conseguiam compreender.

- Parece espiritualidade. Ponderava um da banca.

- Está mais para insanidade.

- Por favor, Senhor César André, acalme-se. Ponderou Vivian.

Aos poucos o ar fora retornando, ele já tendo um prelúdio do que aconteceu, mas não sabia o que era, mas sim aquelas sensações que acontecem, quando perde a consciência e os terceiros dizem que ele fala por demais rapidamente, em alguns momentos até sem sentido, desde que aceitara um dia os planos de Deus em sua vida, parecia estar caminhando contra a vontade dele. Explicar a reação e relatividade do tempo, para todos os movimentos, seria por demais ganancioso, um ato de um homem pode ter consequência aterradoras ou benéficas, então teria que levar em consideração o teor da ação, irrelevante de ser um elemento da natureza, ou regido por forças humanas.

- Vamos pedir que você organize suas ideias melhores, apresentando no próximo semestre.

Sentiu derrotado, fora reprovado por instante, não conseguira desencadear as conjecturas coerente para ser aprovado. Sua esposa o abraçou do lado de fora da aula, enquanto fecharam a porta de apresentação.

- Ele se saiu de forma Genial. Salientou a mesma doutora.

- Mas não coerente, parecia estar falando do fim do mundo. O mesmo pós doutor que ponderou que ele estava insano voltou com discurso, sem desmerecer a genialidade do dissertando.

- Vamos descansar, temos outros alunos pela frente. Falou outro doutor em tom mais neutro. Mas com uma fala de César em mente.

“- Quando a si próprio devorar seus próprios corações...”

Retornou a uma necropsia que fizera no corpo de um advogado famoso na região, o coração havia sido devorado. Mateus Oliveira, tinha as mais diversas graduações e pós graduações, de áreas entre saúde, tecnologia, educação e segue a lista.

- Um momento, terei que me ausentar. Falara tais palavras, para ir em busca de André, em algo que poderia ser mais aproveitado.

Andou pelos corredores da Universidade nem sinal de nenhum dos dois, decide ir até a secretária dos alunos, pedindo o contato, endereço do aluno em questão.

André sempre fora um homem dedicado, atencioso a companhia de sua esposa, mas as coisas estavam saindo do controle, ele tinha lapsos que só visualizava, mas não tinha controle sobre a fala, sentia um calor descendo dos fios dos cabelos da cabeça até as extremidades dos pés, sentia engolido por uma força desconhecida, maior do que ele, porém ele sabia que vinha de Deus.

“- O que vem a ser Deus?”. Repetia em sua mente.

- Amor, não se preocupe, no próximo semestre você passará nessa disciplina, mas tome sua medicação.

César não estava nem um pouco preocupado no discurso de sua mulher, estava mais atrelado ao fato do que iniciara em sua mente, um poder supremo, que fazia entrar em dúvidas.

“- O que vem a ser Deus, com d maiúsculo ou minúsculo?”. Continuou com o discurso em mente.

O Dr. Mateus Oliveira assiste as outras apresentações, sem nenhum entusiasmo assim como os outros ao redor daquela bancada julgadora, todos haviam sido aprovados, todos com uma retórica que nem se aproximava do que eles ouviram ou ouvirão ainda, observa de perto a ficha do aluno, só notas boas na faculdade, nenhuma reprovação, sentiu um aperto no coração, associou a fala de André.

Mateus Oliveira, colocou um conhaque barato em um copo, encheu outro de vinho do mesmo preço, colocou um pedaço nobre de carne bovina para assar na churrasqueira.

“- Possuo mágoas, rancor em meu coração?”

O monólogo que os filhos observavam o pai dava tristeza, Mateus Oliveira em renomado profissional se sentira incapaz de administrar aquela situação, sentia de mãos atadas queria ligar muito para o aluno, decidiu erradamente esperar o próximo semestre.

“ – Quanticamente ou espiritualmente?”.

- Ora bolas, tudo emaranhado em um só plano.

Não percebia, mas Mateus Oliveira estava se transformando em outra pessoa, uma única dúvida faltava em seu inquérito sobre a existência de um plano espiritual, mas ao perceber a teoria do aluno, sobre o Tempo Reacionário, da colheita, do joio do trigo, sentia como uma criança na sala dominical estudando os profetas de Cristos, que aparecem de épocas em épocas, trazendo uma mensagem dos Reinos do Céus.

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Simone Leal, ficara sorrateira com a notícia, que ele seguia o tratamento à risca, respondia com bons diálogos os psicólogos, tinha interação no N.A. fora quando decidira ir visita-lo.

Naquele dia em específico Kleber não iria receber nenhuma visita, sua família já havia comunicado com ele, quando surpreso ele ouve.

- Kleber, Senhor Kleber, Visita. Falava um dos apoios da clínica.

Ele descia as escadarias da ala que estava procurando algum rosto familiar, parou os olhares em uma loira, magérrima com a pele ressecada.

“- Como o tempo passa?”

- Simone Leal, acertei?

- Sim.

Por mais incrível que pareça, certa vez o primeiro emprego dele fora dois dias com o senhor Leal pai de Simone, só que em um disparate, ouvira uma gritaria no escritório ao qual ele prestava serviço simples, mas pudera captar algumas palavras.

“- Covarde! Você o matou”.

Uma mulher muito bela sai chorando do escritório do advogado, ele saiu em seguida em uma tentativa de amenizar o escândalo.

“- Covarde, você matou seu filho, nem quis conhecer”.

A mulher saiu do recinto ligando um carro, saindo furiosamente.

O Senhor Leal, como forma generosa tenta comprar o silêncio dele, despede do emprego dizendo não ser mais essencial e pela clausula do contrato que ele não assinou para trabalho, rescindir um valor de um ano de serviço, estava na cara, teria que ficar calado, recebera uma boa grana, porém a partir desse dia, ele sentira asco por aquela família.

- Sim. Falou novamente entre as palavras de Simone.

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