A ameaça da Kiara era evidente, e o tempo que vivi ao lado dela foi o suficiente pra eu entender que aquele era limite dela, não existia mais pra onde correr, nem o que evitar, só me restava aceitar qualquer decisão que ela tomasse, e me manter sempre por perto pra evitar uma morte.
A pedido dela, eu liguei pro nosso filho, e já estava tão frequente as minhas ligações pra ele, que a forma que ele me atendeu foi diferente.
— Qual o problema da vez, pai?
— Desculpe filho, sei que eu ando levando muitos problemas pra você.
— Então realmente você está ligando pra trazer mais problemas?
— Não, a sua mãe voltou pra casa.
— Voltou? Nossa, finalmente uma notícia boa.
— Sim, é uma ótima notícia, e ela pediu pra você marcar o jantar com a família da Vitória na nossa casa.
— Na nossa casa? Tem certeza disso?
— Sim, foi exatamente o que ela disse, e pediu pra que você fizesse o convite diretamente pro seu sogro.
— Pai, a minha mãe tá armando alguma coisa? Por favor, é o meu noivado, e eu não quer