Chegando na mansão, Virgílio carrega Otávio nos braços para o banheiro e dá-lhe um banho, põe uma roupa e o acomoda na cama. Otávio continuava falando que a relação deles tinha acabado porque Marina está grávida, mas Virgílio não deu conversa, apagou as luzes e deitou ao lado do amante.
Logo na manhã, Virgílio levanta, se arruma, faz seu desjejum e vai para a empresa, orientando Celso a cuidar de Otávio que ainda estava dormindo. Virgílio tem uma reunião com seu sócio e terá que ir para a empresa.
Já era hora de almoço e Virgílio avisa a secretária que chegará mais tarde e retorna para a mansão. Ao chegar em casa, Otávio ainda dorme e Virgílio resolve chamá-lo para tomar um banho e comer alguma coisa, mas Otávio se recusa a levantar.
- Levanta, você tem que reagir e enfrentar seus problemas e não se esconder – Virgílio fala sentando na cama, quando é surpreendido por Otávio beijando-o
- Você tá confuso e fedido – Virgílio fala em tom de brincadeira
- Só faz fazer amor comigo e depois conversamos – diz Otávio tentando esquecer tudo o que conversou com Marina
Virgílio não perdeu tempo e o penetrou com força, sem cerimônias que Otávio geme.
- Mete na sua putinha, eu sou sua putinha – pede Otávio bem safado e sedento por sexo
- Fala baixo, Celso está lá em baixo – fala Virgílio estocando Otávio até gozar e foram para o banheiro, tomaram banho e Otávio ficou cabisbaixo sentado na cama, enquanto Virgílio se veste.
- Vamos almoçar e depois conversamos – Virgílio aconselha
- Foi nossa despedida – Otávio fala chorando excessivamente, Virgílio o abraça e tenta acalmá-lo
- Não vou desistir de você – Virgílio fala abraçando-o mais forte
- Não tem como, abandonar meu filho – Otávio diz
- Você não vai abandoná-lo, só porque não está morando na mesma casa que a mãe dele, porque o amor de um pai não acaba só porque não está morando debaixo do mesmo teto que ele, raciocina um pouco, o importante na relação de pai e filho é manter o vínculo, é demonstrar carinho, é ter responsabilidade na criação dele e além de tudo você tem que ser presente e participar do desenvolvimento dele, tudo isso é mais importante do que está em um relacionamento que você não é feliz – Virgílio o orienta, mas Otávio continua desolado
- Desde que perdi meus pais em um acidente, eu sonhava com esse dia, o dia que seria pai e como tive pais muito amorosos e presentes na minha vida, também idealizei isso para meu filho, porque é maravilhoso ter um lar onde você encontra carinho, aconchego e paz, não quero que meu filho viva em uma casa onde sua família vive em discórdia, Marina é capaz disso para me atingir e quando ela souber de nós você vai entender – explica Otávio, sentindo-se mais calmo, mas as lágrimas insistiam em cair
- Por isso, você está retardando contar sobre nós para ela? – indaga Virgílio
- Sim, Marina vai te infernizar – responde Otávio cabisbaixo
- Eu sei me defender, não se preocupe comigo, preocupe-se em colocar a cabeça no lugar e fazer o que seu coração pede – Virgílio refuta os argumentos de Otávio
- Vou almoçar e vou para a empresa, a noite converso melhor com Marina – Otávio avisa
- Não, você irá para sua casa, resolver esse problema porque se você for para a empresa não terá cabeça para resolver nada, se recompõe e volta a trabalhar, quando se sentir bem – sugere Virgílio, tentando evitar que Otávio se exponha
- Tá certo, vou fazer isso – Otávio concorda
Almoçaram e conversaram, Virgílio aproveitou a deixa e falou da sua experiência, como sustentou seu casamento por causa da filha e de outros problemas diários, anos depois percebeu que não estava feliz na relação e com o passar dos anos foi ficando mais difícil a separação.
- Falem tudo um para o outro, não deixe nada que te incomoda sem falar e seja gentil, lembre-se que eu te amo e estarei onde você estiver –Virgílio fala no ouvido de Otávio, antes de sair para o trabalho
- Só te peço para não me pressionar – pede Otávio, entrando no carro
Virgílio e Otávio saíram da mansão, Virgílio foi para a empresa e Otávio foi para casa.
Chegando em casa, Marina estava muito furiosa.
- Onde você estava? Com sua amante? – grita Marina
- Estava em um hotel – Otávio responde calmamente e vai para o quarto, Marina vai atrás dele e falando um monte de coisas que Otávio não absorveu
- Vai ficar calado? Acho que deve uma explicação – insiste Marina
- Vai continuar gritando ou você quer conversar civilizadamente? – Otávio fala docemente
Marina se acalmou e sentou na cama.
- Marina, quero que você entenda que essa gravidez não vai impedir de nos divorciar – Otávio fala diretamente
- Você ainda não entendeu, nós não vamos nos divorciar e pronto, ainda mais agora que vou precisar de você – Marina fala secamente, mas engole seco porque não sabe até quando irá sustentar essa mentira
- E, porque não posso me divorciar de você, se não a ama mais? Sou obrigado a permanecer casado só porque você não aceita o fim do nosso casamento? – Otávio fala tentando dissuadir Marina
- E desde quando você está tendo um caso com essa vagabunda e quem é ela? Eu conheço? – pergunta insistentemente Marina
- Para Marina, eu não tenho amante nenhuma – Otávio fala com tom de voz alterado
- E porque mudou de repente? – Marina insiste em saber o motivo
- Já falei para você, me apaixonei por outra pessoa, mas não temos nada, porque não quero envolver outra pessoa em meus problemas, estou sendo muito sincero com você e não quero que seja enganada – Otávio fala seriamente
- E, como vou me sustentar, como vou cuidar de uma criança, sozinha? Acho que você não está raciocinando direito, você está sendo levado pelo coração – Marina também altera o tom de voz
- Eu não vou abandonar, meu filho nunca e você pode ficar com tudo e ainda vou pagar uma pensão – Otávio tenta amenizar a situação que está difícil de reverter, porque Otávio sempre esperou por esse momento.
- Eu quero você ao meu lado nas consultas e quando nosso filho nascer, quando ele tiver cólicas, quando chorar no meio da noite, quero que esteja ao meu lado em todos os momentos com nosso filho – Marina fala tentando desestabilizá-lo, porque o interesse de Marina é maior que essa mentira