Saio em passos rápidos para dentro de casa, nem paro para falar com ninguém.
Meu peito está acelerado, minha boca seca, e na minha cabeça o beijo dele outra vez, um lado meu queria continuar, já o outro me repreendia, "você não é qualquer uma para sair se entregando a um galinha como ele".
Sim, eu não era qualquer uma, e ele tinha de entender isso, ele não ia me usar e depois me descartar como fazia com as outras.
_ O que deu em você, para entrar feito um furacão? — me assusto com a voz do Afonso em meu quarto, leva minha mão no peito o vendo em minha cama.
_ O que você está fazendo aqui? Pensei que estaria aos beijos com o marido da minha cunhada. — nossa disser isso em voz alta é muito estranho.
_ Ele é um gato, mas... eu fiquei com vergonha.
_ Oxi, vergonha do que? — pergunto com as mãos na cintura enquanto ele se senta na cama.
_ Não sei, apenas não consegui. E você porque tá assim, só o veneno em pessoa.
_ Não foi nada. — vou até a varanda e olho a lua.
_ Diga logo que eu sei que