Ela continuou séria, apreensiva
- Oi, o que tá fazendo aqui? Ele a puxou para abraçar, falando perto do ouvido - Vim te ver, achei que quisesse. Deu um cheiro e beijinhos no pescoço - Não quer mais? Ela correspondeu o abraçando forte, também sentindo o cheiro dele - Não sei. Eu tenho feito tudo errado! Ele se afastou um pouco, para a olhar, acariciando o cabelo - Não fala assim, com o tempo você vai apreendendo. - Porque não me contou, que era seu aniversário? - Achou que ficando tão velha, eu perderia o interesse? Ela sorriu sutilmente o evitando, voltou encostar na mesa reparando na roupa dele, calça jeans, tênis de marca Adidas, camiseta casual preta - Sei lá. Não queria criar expectativas! - Foi a Tai, que fez a fofoca chegar até você, né? Ele encostou ao lado acariciando as costas dela, gostando de sentir o perfume forte, mais marcante - Não, foi o meu sexto sentido. Ele também me trouxe até aqui. - Quando você fala de expectativas, é tipo com a data, o presente ou comigo? - Se ficou chateada, pelos últimos dias, depois que ficamos, eu super vou entender. - Em minha defesa, tenho... Ela interrompeu, sorriu sutilmente - Não, eu sei que não dava, já te falei que não precisa se preocupar comigo. - Sei que as coisas podem estar confusas. Ele ainda estava a acariciando, não conseguia não a tocar, se aproximou quase beijando - Mais hoje da, hoje pode, eu acho né, pode? Ou já desistiu? De nós? Deu um selinho sútil - Quero beijar uma loira linda, que vem tirando a minha sanidade, desde que eu a conheci, eu vou dormir e acordo, pensando em você. - Infelizmente ainda não sonhei e nem acordei ao seu lado. - Agora eu já nem tento mais resistir, tô doido por você. Ela virou o rosto o evitando, o abraçou encolhida em seus braços, ele pensou que talvez estivesse forçando uma situação, vendo coisas onde não tinham, se afastou a soltando - Se você quiser ficar de boa, só na amizade, precisa me falar. - Não tenho como saber, o que quer, só posso imaginar. Ela respondeu exultante - Não. Só que... - Está sendo o pior aniversário de todos os últimos anos. - Eu estou na pior hoje. Encostou a mão na dele em cima da mesa, entrelaçando os dedos - Eu nem sei o que te falar. - Desculpa. Ele percebeu que não devia ser o problema dela, deu um beijo em sua mão - Então não fala nada, vai ser um relacionamento longo, porque com pouca comunicação assim, nunca vamos brigar. - Quer ir embora ou ficar? - Pediu duas bebidas, só pra você? Ela sorriu com deboche balançando a cabeça que sim - Ficar. Ele chamou o garçom, pediu duas bebidas diferentes, ela concordou com as opções, em poucos minutos novamente a mão dele estava a acariciando, nas costas, pareciam um casal de longa data, ele deu um beijinho no pescoço - Quer comer? Tomar uma água? Um suco? - Está com frio? Tá toda arrepiada! Ela estava ficando assim por causa das carícias e proximidade dele, começou rir imaginando que poderiam dormir juntos - Só quero a minha bebida, pra esquentar. - E o meu presente? Não trouxe? Ou é você? Ele começou rir surpreso com o flerte dela - Está no carro, mas posso ser também, me dá um beijo? - Pra ver se ficou diferente, como o cabelo? Ela o acariciou no rosto, beijou a boca lentamente, chupando com brincadeira, ele a puxou pela cintura, enfiou a mão no meio do cabelo a conduzindo para beijar de uma vez, a beijou com muita vontade e sintonia, até perderem o fôlego, os dois ficaram rindo de pertinho, as bebidas chegaram interrompendo, ele se manteve próximo carinhoso, elogiou o cabelo, ficou passando a mão reparando mesmo, não ia dizer nunca, mais preferia antes, todo natural escuro, disse que estava muito linda e uns cinco anos mais velha, ela o abraçou afetuosa - A minha idade, é um problema real pra você? - Pode ser sincero! Ele a virou de costas, continuou abraçado a segurando pela cintura - Não vejo como um problema, mas se for pra ter algo sério, como eu espero que seja. - Em alguns momentos, a diferença vai pesar um pouco. - Pois eu tenho uma bagagem bem grande e você não. - Pelo o que já te conheço, acho que não teremos muitos problemas, você é muito tranquila, respeitadora e eu gosto muito disso. - Não gosto de estar nem perto de alguém, que quer me controlar, se incomodar com a minha família, essas coisas. - E pra você, te incomoda eu ser um pouco mais velho? Ela estava bebendo pensativa, se inclinou um pouco para o beijar - Não sei, acho que pra ser sincera, não vou ter muito o que te oferecer. - Eu não vivi nada ainda, estar com alguém assim, me deixaria muito insegura. - Com a sensação de que a qualquer momento, vai se entediar, enquanto eu vou continuar só me encantando cada vez mais. Ele sorriu, a beijou sutilmente - Repete a parte de estar se encantando, por favor? - Relacionamento é uma via de mão dupla, nós dois vamos ter que ceder, as vezes. - Eu sei a onde estou me metendo, gosto de você ser assim, todo esse entusiasmo de fazer, conhecer. - A sua lista de desejos. - Me fez sentir algo, que estava adormecido em mim, a vontade de tentar de novo, me arriscar. - Nunca vou te privar de viver as coisas, que não conhece, porque eu já fiz ou acho sei lá, bobeira. - Claro, nada que prejudique o nosso relacionamento, ou envolva outras pessoas. - Posso até te adiantar, que vou fazer questão, de te mostrar o mundo todo. Ela começou rir com maldade - Seiii, vai me dar umas aulinhas particulares, adultas? Ele começou rir, acariciando ela, barriga, cintura, quadril, desceu até a saia, apertou a coxa a puxando para se encostar melhor de costas nele - Vou, toda vez que quiser. - Eu gosto muito de estudar, essas matérias. - Muito mesmo, e você? Gosta? Ela estava adorando, segurando o copo com as duas mãos, como se estivesse se fazendo de difícil, sem o corresponder - Ah eu não tive nenhum professor ainda, só fiz umas aulas bobas com colegas. - Posso ser meio devagar, vai ter paciência comigo? Ele a afastou um pouco, rindo - Vou, muita, é melhor dar um tempo aqui, se não quiser sentir o meu material, escolar. Ela voltou a se encostar rindo muito, puxou os braços dele em volta de si, até corada ficou - É sério? Mais eu nem fiz nada! Ela estava mais soltinha por causa da bebida, ele já imaginou, continuou abraçado como um casal - Nem precisa fazer muito. - Posso guardar a sua bolsa no carro, pra gente dançar? - Eu quero ver fazer o que fez no hotel fazenda, com aquele menino, confesso que fiquei com ciúmes. - Esse foi um dos motivos, que me fizeram ir até o seu quarto. Ela foi abrindo a bolsa - Mentiroso, duvido que teve ciúmes, você nem me deu atenção, o passeio todo. Estava pegando dinheiro na carteira, ele a impediu - Não sou mentiroso, é verdade. - Pode guardar, eu pago tudo. Ela devolveu o dinheiro na carteira - Eu não quero sempre depender de você, a maioria pode gostar, mas eu não. Ele disse que ia se lembrar daquilo, foi guardar a bolsa no carro, pegou um dos presentes, quando voltou ela estava com outro copo de bebida, já era o quarto, ele experimentou, a beijou, disfarçando para ela não tomar mais - Posso pedir pra tirarem uma foto nossa? - Não vou postar, ainda, é só de recordação.