NATÁLIA
— Por quanto tempo você vai continuar assim? — Uma voz suave perguntou no espaço vazio e iluminado.
— Eu morri? — Questionei, suspirando profundamente e sentando-me sobre a grama.
O campo ao meu redor estava coberto de flores azuis, amarelas e rosas. Era reconfortante e agradável aos olhos. Pela primeira vez em muito tempo, senti que podia respirar sem que meus pulmões ardessem.
— Você queria morrer? — A voz soltou uma risadinha.
Sorri, olhando por cima do ombro para a mulher. Ela estava sentada em uma rocha atrás de mim. Eu não sabia quem ela era, nem por que estava falando com ela tão calmamente, mas vê-la era algo confortante para os olhos e para a mente.
Seus cabelos prateados e brilhantes caíam em ondas sobre os ombros e as costas, e seus olhos prateados cintilantes me observavam com atenção. O queixo dela repousava na palma da mão, com o cotovelo apoiado no joelho. O vestido branco e solto que ela usava esvoaçava com a brisa suave e reconfortante.
— Eu realmente morri? —