Ben sentou ao meu lado. Deitei a cabeça no ombro dele, que abraçou-me, apoiando a cabeça sobre a minha.
- Ele me chamou de covarde.
- E eu concordo com ele.
- O que eu faço?
- Vai atrás dele.
- Não... Não consigo. Eu tenho medo... E o que ele fez com a Perrone ainda ecoa na minha cabeça.
- Talvez realmente não esteja preparada para dar este passo com ele.
- Eu o amo.
- Não adianta dizer para mim, nem para si mesma. Precisa contar a ele.
- Talvez eu nunca consiga... Como se isso fosse sinal da minha fraqueza.
- Vai perdê-lo.
- Quando vamos partir?
- Estou com tudo organizado para no máximo quatro dias.
- Já avisou o síndico?
- Sim. Ele disse que o aluguel está pago até o final do mês. Mas parece que já teve alguém interessado pelo nosso apartamento. A possibi