“Anabel”Eu estava animadíssima para o meu primeiro dia de trabalho no Grupo Mellendez. Passar dias trancada no apartamento, sozinha, e com medo de sair e ser feita prisioneira pelo meu próprio pai era algo que estava me deixando meio maluca.- Beeelll! – A Del se levantou assim que me viu e correu em minha direção para me abraçar. – Que bom que você vai trabalhar aqui agora.- Ai, Del, você nem imagina o quanto eu estou feliz com isso, eu já estava me sentindo meio que perdendo a razão o dia inteiro naquele apartamento.- Moça bonita, te deixo com a minha irmã. Se precisar de mim, sabe onde me encontrar. E nada de sair do prédio sozinha! – O Rick me alertou. – Almoçamos juntos?- Claro, meu coração. – Eu dei um beijo rápido nele.O Thales chegou quando o Rick estava saindo, eles se cumprimentaram rapidamente e o Thales me levou para a sala dele, até que o Alessandro chegou.- Anabel, que bom ter você aqui! – O Alessandro foi muito cordial. – Vem, vou te explicar tudo.O Alessandro fo
“Leonel”Ah, mas eu estava me divertindo tanto com a Irina. Aquela puta safada! Mas a vadia ainda tinha força de sair para encontrar o amante. Eu precisava pensar em umas brincadeiras mais divertidas e que apagassem de vez o fogo no rabo daquela piranha.Olhei para o relógio no meu pulso e eu sabia que já estava quase na hora da meretriz tentar sair e eu estava adorando o nosso joguinho de gato e rato, cada dia eu a deixava chegar um pouquinho mais longe e então eu aparecia e a fazia voltar. É, até que esse tempo longe da empresa estava sendo muito divertido.- Senhor, o Sr. Eustáquio está aí e deseja vê-lo. – A governanta apareceu. Mas era uma péssima hora para o Eustáquio estar por aqui, eu não podia perder a Irina de vista.- Mande entrar. – Eu bufei. Era melhor atendê-lo logo.Quando ele entrou eu fechei a porta, mas não perdi tempo com amenidades.- Fala logo, eu estou com pressa. – Eu o apressei.- O senhor mandou ficar de olho na Srta. Anabel. Ela está morando na cobertura de u
“Ilana”Como eu pude ser tão idiota! O Isidoro tinha me passado a perna e agora estava fazendo comigo o que bem entendia. Ele não conseguiu impedir que o Vladimir me entregasse e ainda estava me chantageando, ameaçando colocar a história todinha no colo do velho se eu não fizesse tudo o que ele queria. E pior, quando a história do nerd chegasse ao ouvido do velho eu estava ferrada! Eu precisava dar um jeito de me livrar do Isidoro. Talvez eu pudesse me livrar dele e jogar a culpa na Anabel. Eu precisava pensar em uma solução.E pra piorar, além de lidar com os meus problemas, a minha mãe ainda achava que eu tinha que ajudar com os dela. Eu não sei o que deu na cabeça dela para me mandar essa mensagem, me mandando ir até a casa do amante dela e explicar que ela não poderia ir encontrá-lo. Mas ela mandou um “eu pago” no final da mensagem que me convenceu.Eu estacionei e desci do carro, toquei o interfone e esperei.- Quem é? – A voz masculina e brusca me assustou.- A Irina me mandou.
“Anabel”A semana havia passado muito depressa depois que eu voltei a trabalhar, eu estava adorando o escritório, via as garotas todos os dias e me sentia parte do grupo. Mas eu também estava ansiosa por tudo o que eu estava esperando acontecer, o resultado do DNA, a mudança para a casa nova, o desfecho das investigações que o Flávio e a Melissa estavam fazendo. Eu sentia como se tudo estivesse indo lento demais e o Rick dizia que era apenas a minha ansiedade, que eu precisava me acalmar.- Bom dia, moça bonita! É manhã de sábado, porque você não está na cama comigo? – O Rick me abraçou por trás e deu um beijo no meu pescoço que fez eu me arrepender de ter saído da cama tão cedo.Eu havia acordado muito cedo e não consegui voltar a dormir, então saí da cama e fui para a cozinha, eu estava sentada no balcão, olhando para o nada, com uma xícara de café nas mãos e os meus pensamentos desorganizados, quando ele chegou.- Nós podemos voltar para a cama. – Eu sugeri e ele sorriu.- É, podem
“Ricardo”Eu não estava muito confortável com a saída da Anabel, mas ela não era uma prisioneira e eu não tinha o direito de tirar dela o prazer de se divertir com as amigas. Então eu fiz a única coisa que poderia, pedi para que ela tivesse cuidado e dei ordens aos seguranças para ficarem colados nela.A nossa casa de fato havia se tornado uma fortaleza, com sistema de vigilância que não deixava nem mesmo um mínimo ponto cego na área externa, guarita com seguranças vinte e quatro horas, seguranças em pontos estratégicos em todos os pontos do muro, cerca eletrificada, alarmes, tudo o que um sistema de segurança eficiente requer. Seria impossível entrar ali às escondidas. Isso me tranquilizou e aí eu fui para a casa do patrício.- Ah, olha o tio Rick aí, Marisol! – O Patrício me recebeu com a filha nos braços.Ela deu um sorrisinho fofo em minha direção e agarrou o pescoço do pai. Era uma menininha tão linda, com aqueles grandes olhos negros e o cabelinho cacheado, a pele num tom café c
“Anabel”A loja de decoração em que fomos era linda e eu estava empolgada com tantas opções. A Sam me ajudou a definir uma paleta de cores à partir do terracota, com muito marrom, chocolate e verde oliva pincelados pelos adornos da casa.Eu havia me encantado completamente por uma enorme mesa de madeira maciça, com o tampo em uma madeira clara e brilhante que tinha pelo menos uns quinze centímetro de espessura. Ela tinha pés entalhados com flores e estava cercada por trinta cadeiras de madeira que se diferenciavam pelo padrão dos encostos, cada uma com a sua própria personalidade, não havia nem uma igual a outra.E enquanto as garotas se distraíram discutindo sobre os melhores sofás para combinar com a casa, eu voltei àquela mesa gigante e fiquei imaginando uma família enorme sentada ao redor dela, compartilhando uma refeição quente e muito afeto. Não haveria discussão, eu queria aquela mesa e queria a família grande e amorosa que eu sempre sonhei em volta dela.Mas, de repente, uma m
Cheguei em casa depois de um dia puxado e meus pais estavam me esperando na sala. - Catarina, senta aí que precisamos conversar. – Meu pai falou e parecia bem nervoso. - Pode falar, pai, o que aconteceu? – Perguntei ao meu pai cansada, eu tinha trabalhado o dia todo, ido pra faculdade à noite e, ao chegar em casa, a única coisa que eu queria era tomar um banho e cair na cama. Mas não foi possível. - Catarina, chegou o convite de casamento da sua prima. – Minha mãe falou. - Aquela mulherzinha não é minha prima! – Falei já ficando nervosa. - Catarina, ela é a sua prima. – Minha mãe falou. – É melhor você parar com esse ataque de infantilidade. A Melissa já bateu nela e fez um escândalo aqui em casa. Agora chega! Ela é filha da minha irmã, portanto é sua prima. - Me desculpa, mãe, mas ela não é nada pra mim. – Tentei manter a calma. – Ela ficou com o meu namorado na minha cama, isso não é coisa que se faça. Eu namorava o Cláudio há quatro anos, ele foi meu primeiro namorado, e o en
Não teve jeito, minha amiga me arrastou para o baile. Logo que entramos a Mel nos arrastou para o bar e falou no meu ouvido: - A festa é open bar, então hoje você vai beber para afogar de vez a tristeza! –A Mel me entregou dois shots de tequila e com mais dois em suas mãos me falou: - Vamos virar! – viramos a tequila e o Fernando já entregava uma taça de cosmopolitan para cada uma. Melissa me arrastou para a pista de dança e até que eu estava me divertindo. Começou uma música lenta e o Nando e a Mel começaram a dançar agarradinhos, aproveitei a deixa e me encaminhei para o buffet, mas não consegui chegar, senti uma mão puxando a minha e quando olhei para trás havia um homem com uma máscara preta sorrindo pra mim, e que sorriso! Ele beijou minha mão e me puxou para perto dizendo no meu ouvido com uma voz rouca: - A mulher mais linda do salão não vai me negar uma dança, vai? - E por que não? Vamos dançar. – Sorri pra ele. Era impossível resistir aquela voz rouca sedutora e aque