— Oh, tio. — Kayra chamou, instintivamente estendendo a mão para ajeitar o robe sobre o peito, cautelosa para evitar qualquer exposição indevida.
Enrico colocou de lado o tablet que segurava e levantou os olhos para ela, pensando consigo mesmo: "Ela ainda gosta de me chamar de tio? Bem, deixe estar..."
A mulher a poucos passos dele ainda tinha os cabelos úmidos, com o rosto sem maquiagem, cabelos negros e longas pernas brancas, parecendo ainda mais atraente do que durante o dia com maquiagem, como se ele fosse um ladrão à espreita.
Ele engoliu em seco com dificuldade, finalmente apertando os lábios finos e girando a cadeira de rodas, dedilhando algo no apoio do braço sem que ela visse o que era, apenas ouvindo um som de deslizar atrás de si.
Surpresa, Kayra se virou para olhar, apenas para ver uma porta secreta se abrindo na parede atrás dela.
— O que é isso? — Ela perguntou instintivamente.
Mas Enrico não respondeu, controlando sua cadeira de rodas para desaparecer por trás da porta,