Capítulo 4

MIguel aspirou o delicioso aroma de alfazema. Era o que mais lhe lembrava sua cidadezinha durante o tempo em que morou em Minas.

Ao deixar a pequena cidade anos atrás, levara lembranças de rostos molhados, olhos marejados e sorrisos já cheios de sauda-des.

E também aquela indefinida sensação de esperança carregada de sonhos.

Agora sabia que era uma necessidade de se libertar.

Mas nunca quis esquecer-se da única coisa que o ligava a terra natal: a doce fragrância das arvores frondosas de sua querida ci-dadezinha.

Balançou a cabeça afastando os pensamentos.

Tinha que voltar para a festa.

Afinal, não poderia passar tanto tempo fora. Seria uma indelicadeza.

-Miguel.

Não ouvira sua aproximação, mas... Aquela voz após tantos anos ele ainda guardava nitidamente na memória.

Sentiu um conforto no coração. Algo que a muito não sentia.

Virou-se rapidamente para abraçar seu irmão e redimir-se de todo o tempo em que fora tão egoísta e indiferente.

Agora sim, pediria perdão a Zeca e demonstraria todo seu arre-pendimento. Quem sabe, recuperar todo tempo perdido...

Ao ficar frente a frente com sua cópia fiel, percebeu que demo-raria para que suas expectativas se realizassem e aos poucos seu sorriso foi murchando.

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