No instante seguinte, o coração de Samara se contraiu em um espasmo violento, como se tivesse levado um choque. Seu rosto, antes corado, empalideceu de repente. Parecia um passarinho assustado, tremendo sobre o galho de uma árvore. Ela mordeu os lábios e, quase sem perceber, soltou a mão de Benjamin.
O homem prendeu a respiração por um breve segundo e, de forma quase possessiva, voltou a segurar a mão dela com firmeza.
— Eu estar com a Samara, e daí? O que isso tem a ver com você? — Benjamin arqueou uma sobrancelha, sua expressão carregada de sarcasmo. O olhar frio e cortante cravou-se no rosto de Chica, que sorria com uma ponta de malícia mal disfarçada. — Srta. Chica, nunca imaginei que você fosse tão tradicional assim. Isso realmente não combina nada com o seu comportamento habitual.
O coração de Chica deu um salto. Ela gaguejou, nervosa:
— Vo-você está inventando coisas!
— Inventando? Não me faça rir. Basta sair de Vila dos Lagos e perguntar para qualquer pessoa do círculo social d