Quando Érico terminou de falar, o silêncio tomou conta do ambiente e todos congelaram no lugar.
Olívia arregalou os olhos, incrédula. Seus lábios entreabertos deixavam transparecer a surpresa enquanto ela encarava o pai como se ele tivesse acabado de dizer algo impensável.
— O senhor... O senhor disse o quê? — Charles, com o peito subindo e descendo de forma descompassada, mantinha os olhos fixos no semblante firme e imponente de Érico.
— Se você voltar agora, vai chegar em casa de madrugada, né? Se não tiver compromissos amanhã cedo, pode passar a noite aqui. — Érico falou com a voz baixa, enquanto ajeitava displicentemente os punhos da camisa e soltava uma leve tosse.
Dessa vez, todos ouviram claramente. Olívia ouviu, Charles ouviu, e até mesmo quem estava nos fundos da casa teria ouvido.
A avalanche de emoção atingiu Charles em cheio. O coração dele disparou de maneira quase dolorosa, e seus olhos ficaram húmidos, cheios de uma gratidão que ele não conseguiu esconder. Sua g