Liliane se virou na cama e alcançou o celular.
Ao ver a chamada desconhecida, franziu a testa, curiosa sobre quem ligaria a essa hora da noite. Ela se levantou com cuidado, abrindo a porta do quarto para atender, aguardando em silêncio pela voz do outro lado.
- Alô? Liliane, por favor? Aqui é Prisão da Serafim. - Disse a voz do outro lado da linha.
Prisão?
Uma sensação de inquietação percorreu Liliane.
- O que houve? - Perguntou Liliane, inquieta.
- Seu pai faleceu na cela às três horas e cinquenta e dois minutos. Venha reivindicar o corpo amanhã. - Explicou a voz do outro lado da linha.
Um estrondo ecoou na mente de Liliane.
Nelson... Estava morto?
Ela abaixou o celular, os olhos cheios de incredulidade.
Mesmo com ressentimentos, ele havia trabalhado duro para sustentar a família na infância.
Segurando o peito, Liliane desabou sem forças no sofá.
Por que tudo isso aconteceu tão de repente?
...
No dia seguinte.
William, que também soube da notícia, acompanhou Liliane até a prisão.