4. O Prazer do Sofrimento

Assim que ela me desapareceu cai de joelhos no chão, eu não conseguia parar de chorar, minha mãe ouviu que eu estava chorando acendeu a luz e olhou para mim com um olhar de medo... eu estava ajoelhada, chorando, com a boca cortada e com a faca não mão... aquele desgraçado fez tudo parecer como se eu estivesse me mutilando... minha mãe se aproximou e tirou a faca da minha devagar...

Mãe: Anderson, porque fez isso meu filho??? Minha mãe dizia para mim chorando.

Anderson: lampião, n-não fui e-eu... eu n-não fiz isso!

Mãe: então quem fez isso com você Anderson???

Anderson: f-foi... eu pensei bem, e percebi que se eu dissesse que tinha realmente acontecido ninguém acreditaria em mim afina só eu a via e ninguém mais pelo simples fato de eu ter a envocado!

Mãe: porque voce fez uma coisa dessas?? Ela me abraçou....

Anderson: eu não sei lampião...

Ela me abraçou forte e me levou no medico para que eu levasse alguns pontos...

Eu voltei para casa... o caminho todo de ida e volta não falei um só palavra.

Ao chegamos em casa minha mãe me levou até meu quarto e eu me sentei na cama, ela saiu e eu fiquei pensando no que aconteceu...

Meus pensamentos fluem:

“Como isso é possível, isso para mim era tudo história, como eu poderia saber que ela era mesmo real, eu estou com medo... e se ela matar lampião, minhas amigas... ou o Anthe...”

Deus... não deixe ela trazer o sofrimento para a minha vida... eu me deito na cama e me viro para o lado esquerdo da mesma. Eu dormi porque estava muito cansado, dormi com medo do coração...

23:00

P.O.V. ANGEL

Eu fui para a casa dela e ela estava a dormi, obviamente estava tremendo por dentro, o medo que ela sentia me dava prazer... ver que o seu corpo se estremece ao saber que vai morrer em minhas mãos, me dá uma sensação maravilhosa... me sento no chão do quarto dela e fico olhando dormir....

Eu acordei mais eu sentia que ela estava no quarto então não abrir meus olhos...

Anderson... eu sei que está acordado... porque não olha para mim?! Ela dá uma risada cínica e vem se aproximando da minha cama...

Anderson: vai embora!!! Eu contínuo com os olhos fechados só que dessa vez eu os aperto com força...

Angel: abra os olhos Anderson... ela segura meu maxilar com força me levantando da cama pelo mesmo e me arrastando no chão...

Anderson: me solta!!! Tento me soltar mais ela segura meus pulsos...

Angel: simples eu sinto prazer em ver o seu sofrimento... ela rir ironicamente...

Eu deixei uma lagrima cair então ela me jogou no chão se agachou do meu lado e ficou me olhando chorar de dor.

Está vendo... isso me agrada... ela passa o dedo no meu rosto e depois a leva até os lábios lambendo seus dedos...

Anderson: sua doente...

Angel: você não sabia que eu era assim quando resolveu me chamar? Ela me perguntou num tom sarcástico.

No lugar em que ela me jogou tinha um interruptor que assedia a luz do meu quarto, eu sabia que ela não gostava de luz, então eu bem devagar tentava acender a luz sem que ela visse, mas eu precisava a distrair.

Anderson: eu te chamei porque eu queria conversar com um personagem que eu admirava, eu era fanática por você... olhe a sua volta, tenho pôsteres, desenhos, livros... tudo sobre você.

Ela saiu andando pelo quarto olhando tudo, ela parou em frente a um pôster onde mostrava sua antiga face e sua recente, dividida ao meio por uma linha de sangue...

Angel: o fato de eu já ter sido como você, me traz lembranças horríveis... ela diz com um tom de raiva e rasga o pôster ao meio deixando apenas a sua nova face e amassando a antiga.

Enquanto ela fazia aquilo e gargalhava cinicamente eu pude me aproximar do interruptor... eu já estava com a minha mão em cima dele quando ela me viu...

O que pensa que vai fazer??? Ela disse com um ar de preocupação.

Eu dei um sorriso cínico como o que ela sempre me dava e o respondi...

Anderson: quero descobrir porque você não gosta de luz... eu então acendi a luz...

Angel: NÃO!!! Ela gritou e cobriu seu rosto com as mãos se abaixando no canto do quarto.

Anderson: porque você fez isso? A luz... ela não te machuca, então porque foge? Eu disse me levantando.

Ela não falou nada, eu me aproximei dela e me agachei ao seu lado.

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