Parte IV

O Surto

Mateus levava sua namorada Nancy, embriagada para casa e aos soluços, tinha aberto um leque as represálias que convivia na alma ele se identificava profundamente, desigualdade social, domínio nas esferas informativa, a fome, e ela aos tropeços olha para seu amante, com um olhar faminto de sexo, o que o faz ter um sobressalto não me aproveitaria de você inebriada, chega na casa dela deixa na cama e fica de vigília ao seu lado, seis horas depois ela acorda e lá está ele ao seu lado.

- O que aconteceu ontem?

- Várias coisas, mas em resumo foi só um porre, algo normal, não tanto para você.

- Só lembro de ter chegado na casa de Danille.

- Não force, tente descansar, vou comprar uma água de coco, irá se sentir melhor.

Ao caminho do ambulante, encontra Jonas Sampaio, em seu carro que espirra status.

- Eai doido, fala isso ao para o carro do lado.

- Colé Jonas.

- Entra aí, vamos dar uma volta um rolé, tô descendo pro litoral, diz isso acendendo um baseado. – Ta rolando um rock frenético na casa de Gustavo.

- Cara eu vou, mas tenho que fazer algo antes.

Compro a água de coco e deixo na geladeira de Nancy dizendo que ia me ausentar por uma horas.

Antes de pegarmos a estrada para o litoral, passamos na casa das gêmeas Torres, ao entrar na estrada coloca umas músicas de The Doors, abrindo uma garrafa de absinto e vários baseado na sequência, quando chego na cidade litorânea, me encontro totalmente em alfa, nesse viés da mente ocorre um arrependimento, deveria ter ficado ao lado de Nancy, quando chegamos na casa de Gustavo, tinha em torno umas quarenta pessoas, todos rindo euforicamente, mulheres com o corpo acima da cintura despidos, é quando em um canto da garagem encontro uma mina toda encolhida, penso estar tendo uma bad trip, vou ao seu encontro para tirar ela daquele turbilhão. Toco em seu ombro e ela olha pra mim.

- Não deixe esse astral te devorar.

- No, no es una locura, es normal, es el comienzo del viaje de peyote.

Em um espanhol misturado com português, minha alma se levanta, a palavra se repete em meu ser PEYOTE.

- Peyote?

- Sí, mezclado con divina viaje de setas.

- Que tal irmos para praia?

- No sé.

- O contato com o mar te deixará melhor.

- si es así.

- Tem como me conseguir um pouco do chá?

- Si, pega sua bolsa ao seu lado e tira um líquido em uma garrafa.

Lembro que no meio do caminho quando estava vindo no carro, uma das gêmeas me deu quatro quadrados de ácido, ao caminharmos até a praia a moça me abraça pelo ombro e reclina a cabeça, é quando dou dois LSD a ela, que em instante coloca os dois debaixo da língua, faço a mesma coisa de forma inconsequente, ao chegar na praia a lua estava nascendo, lua cheia.

- Muy bello, fala isso oferecendo o chá.

Dou umas goladas voras.

- Tómelo con calma.

Bebo mais um pouco.

A sensação de espaço-temporal havia se rompido de forma tecnocolor, vejo a mulher que descobrira que foste mexicana, em ondulações todo o seu corpo, é quando nossos lábio se encostam, como se fossemos o único habitante do planeta, nos entregamos as balbúridas da carne de forma calorosa, nossos corpo se descobrem um ao outro, em um momento coloco uma mexa de seus cabelos atrás da orelha, e olho para lua, fico paralisado, é quando uma mão se desabrocha da lua abrindo a mão e ligando cinco linhas amarradas aos cinco dedos da mão misteriosa, que se interliga aos meus membros, esqueletos começam a se levantar da areia, se desenterrando, um batalhão do exercito aparece na praia, um soldado entre um relatório da missão em minhas mãos, que diz, encontre os russos e diga, -Aba, Pai, desesperadamente saio correndo a cidade, adentro o município totalmente pelado, a cidade totalmente em chamas é quando sinto uma linha rompendo entre as conexões minha e da lua, é a linha da minha cabeça, Nancy e Amélia, são arrebatadas ou abduzidas, deito na grama da praça e começo rolar da esquerda pra direita, da direita pra esquerda, como se esse movimento não tivesse fim, a grama vira espinhos e começo a grita, vejo um poça de sangue ao meu redor, mergulho em um mar vermelho, ao chegar no fundo, tudo se acaba, uma escuridão satânica me encobre e perco todos os poucos sentidos que me resta.Não sei quanto tempo se passa.

Acordo em um quarto com as paredes brancas em cima de uma cama e leio o lençol que me cobria clinica psiquiátrica vida bela.

Os bastidores

A rotina a correria da metrópole, um jurista decretando o seu parecer, um dia ensolarado, pássaros fazendo seus cânticos na sombra das árvores, o vai e vém das pessoas, um dia normal se não fosse pelos dilemas pessoais que nos faz ficarmos em estado de latência as demais atitudes, em clima pré-eleitoral as formas ideológicas se concretizando, isolado de clima  urbano, em uma fazenda onde o coronelismo impera, reunido a nata que manipula o movimento político, um grupo esquematizava quem seria os candidatos a prefeito e vereador, a troca de favores se consagrava por capital público, o apoio dos senhores das terras e os comerciantes, todos no cenário atrás da cortina, movimentando as peças dos tabuleiros dessa façanha e a fogueira se acende lacrando o selo de fidelidade ao trato que ali fora decidido, a carga do narcotráfico chegava, abastecendo a região, os viciados trocando sua vida por mais uma dose, os faladores a custa das intrigas, as infiéis em quatro parede dando seu grito de gozo, e a rotina sendo normal, o circo fora armado e o que restava aos desinformados e a complacência nesse túnel, de única via, a clemência divina em lágrimas pelo ímpeto tempestuoso que se formava as chamas da fogueira não cessava, pois estava se alimenta da ignorância da população. Clamor, nas rodas da praça a pauta religiosa se ilumina, a consoante singular presidia, nas masmorra das atrocidades, essa sede por riqueza alimenta os homens cometendo atos impensáveis, no brilho dessa meditação, tudo se diz estar normal.

Um nome que iria as urnas sem a aprovação dos senhores da decisão, este nome era Alís, um jovem de família milionária, seu carisma e afeto aos desvarido de amparo social, repercutia nas demais esferas, em seus relatos defendia desarmar a arapuca eleitoreira, que se passava, precavidos com atenção Rodrigo o chefe do tráfico de drogas se pôs em alerta com aquele revolucionário de fraudas, alertando as pessoas que defendiam a rota daquela cidade para o tráfico internacional, sem saber como aquela arapuca funcionava, ele se encaminha perfeitamente para o silêncio, os corruptos com medo de perder as tetas de dinheiro, analisaram a situação friamente que faziam cair em gargalhadas. –Ingênuo.

Clério, pedia a Deus com fervor que acontecesse mudanças no cotidiano sujo daqueles que não sabiam da profundidade dos acontecimentos, repetia insistentemente na palavra justiça, Júnior organizava um movimento anárquico nas proximidades das zonas de votação, e um amor se mostrará benfeito surgia para esquecer uma profecia que estava dormente a anos em suas emoções, pensando que não era a vontade divina, e um galanteador se divertia com as meretrizes que a vida oferecia.

Sentimentos corriqueiros:

O desejo da mudança inato no ser humano, em alguns casos a auto-iluminação, o exílio interior, as persistência experimentais da alma o movimento que irá de trazer a felicidade, as certezas das congratulações ao esmo, em ritmo de futuras declarações positivista, esse eremita em seu interior com o clarão da luz que irá trazer fortes emancipações ao ser, o homem em instinto de selvageria persuadi a espécie consciente, julga aos santos aquele sorriso com porte de elegância, estende a mão ao adversário nesse marasmo, a fome, a desigualdade, coroa a pré-existência derradeira da promiscuidade e arcamos com desejos rancorosos, esse tempo celibatário, aquece o envolvimento do manifesto, a comuna, eis a representação utópica, entre uma carta e outra, em nosso leito de servilidade, possibilitamos que o novo aconteça, e os fatos incrusta, o meio se empancinam , a mudança alegra, aquela criatura que em seu anseio por um sentimento puro e esbelto, esbarra nos mitos do passo, não mais idealizados, aquela paixão fulminante aceita o adeus, isolamos da verdadeira presença entre os laços, agora a inspiração apodisíaca está em neutralidade, aquela surpreendentemente estava do outro lado no anonimato demonstra aqueles sentimentos alvoraçados e calorosos, diferente da frieza do abandono, a perseguição em seus rastros que se resumia em dor, o amanhã surge com a esperança que o cárcere emocional foste rompido, o novo está a nossa porta.

A evidência de sonharmos em dupla, erguer aqueles projetos se faz encorajador, aquele suspiro por desejo de outro enquanto nos abraçávamos desaparece igualmente, a um ciclo que se fecha, a iniciar tal jornada vai contigo o mofo, acenamos a despedida, o desdém que ofereceu, esfriou as paixões, agora nesse escuro que encontro, surge a modificação as excludentes de sua vida atina, e desatina o embaraço em que encontrava, de dando prevalecer a lei universal do amor, a caverna que entraste fora para clamar a existência Superior, para mostrar a verdadeira emoção, trilho por um novo caminho, o que encontrarei é uma incógnita, mas a moldura sua desapareceste, continuo caminhando, em sobriedade, me conheceste ébrio, tocaste meu interior, mas estúpido orgulho, desmoronou, tenho que seguir isso que chamam de vida, a você desejo toda a felicidade que a vida e o mundo tem a oferecer, tal cículo de fogo me protege, aquela mão de receptividade, fez nascer algo que estava estagnado, a loucura, os delírios, as alucinações, conviverei em plenitude aos cuidados da saúde mental, e este termo bio-psico-social-espiritual abrange dois mundo que se rompe um cheio de energia, calor, tu desististe, pelo afastamento, então venha o novo, apareça as mudanças, que desvario sentimentalmente , se tornaste uma fortaleza, o barulho mental silenciaste, reservo recônditas palavras aos portadores de tais compreensões.

O poder da decisão

Aquele dia nasce, calmo, mas de suma importância em nossas decisões, o futuro se decide nesse presente, o sim o não, o partido nossas simpatias em determinadas doutrinas, amparamos com a coletividade, a pluralidade e conjecturas, nos mostra, a parábola que interpreta a intenção popular, escolhas nos faz seguirmos em múltiplos caminhos, gritando em coro, silêncio, passos, revolta populares, singularidade, nesses anseios de perpetuidade, o endurecimento doutrinador, desvanece com articulações indesejáveis ao nosso paladar, méritos promulgam a validez eleitoral, o sim que une dois corpos na santa união, a paz que esperamos, entre conflitos estatais e residências em sua particularidade, teve um quê decisivo, a guerra medita exacerbada e arrogante, para demonstração de força bélica, vidas agora inanimadas, descem ao tártaro, com a assinatura do deus da guerra, esses mortais, se encontra em suas escolhas a mercê justamente pela obrigaritariedade governamental, os dogmas cristão, o senso moral, justo, a decisão de extrapolar aquela corja que se aproveita dos tributos, põe sua vida em pauta, falecer o sistema que financia os mais sortidos luxos, sim houve uma decisão de corromper, esse dia calmo e sem movimento, espera a nossa opinião, o fruto podre, de ideias nefastas e bisonhas que aparecem no sorriso de um santinho.

O esquema sanguinário

O copo se enchia com a garrafa de Whisky, os olhares entrementes, repercutia no silêncio do cômodo, com paredes verdes, quadros impressionistas, uma instante com traços modernistas, um tapete com detalhes medievais, assentos rústicos e estofado, um cenário totalmente excêntrico, o relógio marcava 23:00 horas, o movimento do gelo no copo era seguido de uma lista com o resultado definitivo das eleições, tal documento passaram na mão dos sete que estavam presente, Alís era o primeiro da lista, garantindo a presidência da câmara de vereadores.

- Ele vai arruinar nosso esquema.

- Funciona a 12 anos. Mencionam duas pessoas ali presentes.

- Senhores acredito que todos os valores serão declarados, o que passará pelo tribunal de contas, somos apenas a ponta desse sistema corruptivo, mas já sabemos como proceder com tais pessoas que avacalham o poderio que impera nesse país, a morte, sangue, será questão de tempo.

- Mas ele é riquíssimo, poderoso, não ficará nisso.

- Então nesse caso, matamos também o cabeça da família.

A mensagem dos Céus

Alís na sua inocência sobre os humanos se sentia extasiado, uma sensação que nunca tivera, felicitações chegavam a toda hora, o qual lia e relia, a vida mostrou um novo caminho, a propensão, não aquelas frases feitas como – vote em mim, - preciso do seu voto, - sua contribuição é importante, o que emocionava o eleitorado era suas palavras eloquentes, inovadoras, propostas incandescentes, se sentia um escolhido entre os homens e agora o público respondeu, mas de forma enaltecida antes de sair o resultado final, já tinha ampla vantagem, decidiu agradecer a Deus, aquele momento que se iniciava como a corja da igreja era contra sua eleição, foi uma recepção mista, o culto foi de certa forma uma ofensa, ao qual deveria ser diferente, deveria portar luz, mas estava agradecidos, entendia tais palavras como uma nova dimensão a seguir, ocorreu tudo nos conformes, quando ele se dirigia para o carro, saindo da igreja, uma esmolé com um litro de cachaça e odor de urina, vem em sua direção e diz.

- A morte o aguarda, entregue se espirito a Deus, acredite na graça Divina, que sua felicidade é pontual e limitadas, as tralhas do sistema sucumbirão, a mulher fala isso derramando a cachaça em sua cabeça, seguindo inicialmente de convulsões, se não fosse pelo sangue que saia do nariz, a essa altura já tinha uma roda de curiosos ao redor, ele olha para os lados percebe a multidão, e sem pensar nos pensamentos dos próximos ali presente, coloca a mulher no carro e sai em disparada ao hospital.

No hospital, deixou a mendiga aos cuidados médicos, como não conhecia a família da dita cuja deixou o seu contato para casuais problemas.

Ele aguarda na recepção alguma informação, quando o Padre Clério ao recinto e percebe em Alís um tormento, uma nuvem negra.

- Então você é a voz do povo, diz o padre já em sua frente..

- Bom, se sou, não sei, mas farei com que o povo se orgulhe.

Já sentando ao seu lado Clério, fala,

- Não pude de deixar de acompanhar sua campanha, sua plataforma sobre os desleixos sociais, você sabe o que acontece com os que vão nessa contra-mão?

- Serei cauteloso.

- Não basta ter cautela, fizeste um pacto social a respeito desse complô, não deixe os desinformados a deriva.

- Você crê na vida eterna?

- Sabe, padre, você é a segunda pessoa que me fala sobre esse tema em menos de uma hora, acredito em um ser Superior, enquanto essa vida eterna tenho minhas dúvidas.

- Sabe vereador, se não acredita, comece a acreditar, não estou dando a sentença final, sempre peço em minhas preces a iluminação desse povo, o justo, mas vejo que a tempestade a de iniciar, não sei o que faz exatamente nesse lugar, neste momento, mas tem uma força atuando nesse instante, uma energia negra, em outras palavras obra demoníaca, entre sua vida a Deus, não esqueça do seu destino que irá seguir, ainda há chance de desistir, se da valor a vida.

Uma enfermeira se aproxima, e diz ao futuro vereador.

- A mulher que trouxeste está em um quadro estabilizado, sangue de seu nariz foi uma veia que se rompeu, os tremores é epilepsia, ela precisa de medicação, acredito que não tenha condições de comprar, sem falar no problema alcóolico, fora isso está bem.

- Pegue esse dinheiro compre o remédio, dê pra ela, sabe padre foi bom conversar contigo, mas vejo que existe algo importante que posso fazer, e não ser um mimado, até um dia.

Alís, volta para casa com um projeto que iniciaria de imediato, uma casa aos desabrigados, poderia ficar quantos dias quiser, boa alimentação, acompanhamento médico, quando chega em casa sua mãe o abraça fortemente, conta a respeito de seu projeto, ela fica de ligar para o irmão liberar a verva, depois de um banho, reflete sobre os últimos acontecimentos, na palavra daquela mulher que apareceu em seu caminho, de forma lúcida e decidida resolver ler a bíblia toda, fazer um estudo, abre em Mateus, primeiro livro do novo testamento e começa suas lucubrações.

N’outro dia, acorda dando vazão de certeza ao que era dúvida, sobre a vida após a morte, sua mãe na mesa do café comenta sobre a quantidade de votos estrondantes, que só mais um vereador fazia oposição na nova banca, encara isso como uma consequência, seus pensamentos são levados a pensar, sobre, Deus, liberdade, imortalidade, após o termino do café, prepara com antecedência um discurso para pose, e mistura princípios sociais, os mártires políticos, a vida que seguiria reivindicando a omissão, estava prevendo um sinistro envolvendo sua vida citando trechos bíblicos, ao terminar esse texto recebe a notícia que aguardava a liberação do capital para iniciar o projeto, dando cadência a rumo filantrópico, se concentra nessa ideia até o dia que assumiria o cargo.

Faltava quinze dias, era um mês de dezembro, quando a esposa do seu tio, apresenta sua prima, Danille, ele da um sorriso sem malícias, ali começam um diálogo amistoso e envolvente.

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