O carro estava em silêncio.
O assistente Martins deu uma olhada pelo retrovisor.
Seu chefe, Rodrigo, ainda estava com os olhos fechados, descansando.
Uma hora se passou e então Rodrigo abriu os olhos. Sua voz baixa e um pouco rouca, com um toque de cansaço, perguntou:
— Cadê a Laura agora?
Martins se virou, já pegando o celular:
— Vou ligar e descobrir.
Ele ligou para o segurança da Laura na hora, descobriu onde ela estava, nem tinha desligado ainda.
Aí o Rodrigo mandou:
— Arrume algo pra ela curtir a noite lá mesmo.
Martins ficou surpreso por um momento, mas logo respondeu:
— Certo.
O vidro da janela foi abaixado.
O carro estava escondido na escuridão, tornando impossível ver quem estava lá dentro.
Rodrigo acendeu um cigarro, segurando-o entre os dedos enquanto apoiava o cotovelo na janela. O tempo foi passando, até que deu uma da manhã.
Ele desceu do carro, entrou no prédio sem sequer olhar para a portaria, tirou um cartão magnético do bolso e chamou o elevador.
Quando chegou a