#Vinicius narrando
Paola estava no meu quarto comigo, ela trabalhava aqui em casa a tanto tempo e sempre que eu aparecia na fazenda ela me servia para mais algumas coisas.
- Veste a roupa e some - Digo para Paola a empregada da casa.
- Você é um ogro Vinícius - Ela fala bufando enquanto vestia a sua roupa
- Não te prometi nada - Falo - Você é só mais uma - Ela me olha com ódio - Agora sai Paola não me faz perder a paciência - Eu falo para ela que se veste e sai do quarto.
Fico ali pensando na Betina por alguns minutos mas logo me levanto e me arrumo. Ando até o escritório e peço para uma empregada chamar Lorival, precisava saber a real situação que estava as fazendas de Klaus.
- Trago boas notícias para você - Ele diz entrando no escritório.
- Então fala , não precisa fazer cerimônia. - Digo olhando sério para ele que se senta na minha frente.
- Os Klaus tem 60 dias para quitar as suas dívidas com o seu banco se não passa a ser tudo do banco - Sorrio com a notícia que ele acabou de me dar.
- Agora vamos entrar com a proposta - Eu falo para ele - Eles já foram notificados?
- Já sim - Ele fala - Já estão que nem loucos tentando achar um casamento para a Betina.
- Casamento para a Betina? - Pergunto interessado na resposta.
- Querem achar um fazendeiro rico para que com o dote eles consigam pagar a dívida - Ele fala me dando uma ideia - Que cara é essa Vinicius?
- A minha de sempre - Respondo para ele sorrindo
- Te conheço o suficiente para saber que teve uma idéia - Ele diz curioso
- Logo você vai saber - Falo para ele - Fica tranqüilo Lorival - Sorrio.
- Ela passou para o riacho hoje cedo - Ele fala e eu Arqueio a sombrancelha.
- Não vou irei lá hoje - Digo - Ela precisa sentir a minha falta um pouco - Ele balança a cabeça em sinal de negação.
- Você precisa ir até o banco assinar uns papéis - Lorival diz
- Vou tomar um banho e vou até lá - Falo para ele que assente.
Entro na minha caminhonete e saio pela estrada, de longe a visto Betina andando pela estrada, paro com a caminhonete ao seu lado e ela pisca várias vezes para ver quem estava dentro.
- Quer uma carona? - Pergunto a ela que me olha.
- Sim - Ela diz e eu abro a porta para que ela possa entrar. - Obrigada.
- O que você faz andando por essas estradas sozinha? - Pergunto para ela que me encara com seu semblante de anjo.
- Meu cavalo me abandonou na volta do riacho - Ela responde entrelaçando as suas mãos no seu colo.
- Você tem que tomar cuidado é perigoso andar sozinha por aí - Ela assente apenas com a cabeça e me olhava de canto. - Você precisa tomar cuidado.
- É melhor você me deixar um pouco antes da entrada da Fazenda - Ela diz - Obrigada pela preocupação.
- É só uma carona - Eu falo para ela
- Mas eles podem achar que é outra coisa - Ela diz
- E não é? - Eu pergunto para ela
- Não - Ela responde
- Eu pensei que depois do nosso beijo - Eu falo parando o carro -Pensei que poderíamos ter algo.
- Eu acho que você pensou errado - Ela fala um pouco nervosa - Você pode ligar o carro?
- Faz dois dias que você não sai da minha cabeça - Eu falo para ela e ela me olha - Você quer me enlouquecer menina? - Digo me aproximando do seu rosto.
- É melhor ir - Ela fala virando o seu rosto para frente, e eu volto para o meu lugar, mas ela vira o seu rosto para mim, e eu agarro a sua nuca beijando ela mais uma vez, ela corresponde o beijo. Ela me encara assim que paro o beijo, seus olhos percorrem o meu rosto inteiro até parar no meu olhar, Ela suspira. - Você tem como me deixar um pouco antes da entrada?
- Porque você não vai na cidade comigo? - Pergunto para ela assim que ligo o carro.
- Não posso - Ela responde.
- Se você quiser posso falar com os seus pais - Eu Falo
- É melhor não - Ela responde um pouco arisca, ela começa a balançar as suas pernas mostrando que estava inquieta.
- Então podemos marcar algo amanhã? - Eu pergunto
- Algo? - Ela pergunta de volta
- No riacho o que você acha? - Eu falo
- Pode ser - Ela fala e eu paro a caminhonete - Obrigada pela carona Vinicius.
- Não foi nada - Falo sorrindo para ela - Mas se você quiser agradecer aceito mais um beijo.
- Boa noite - Ela diz abrindo a porta do carro toda sem jeito.
- Vamos nos ver amanhã ? - Eu pergunto e ela assente com um sorriso no rosto.
Ligo o carro e saio, aos poucos ela estava caindo na minha arapuca do jeito que tinha que ser.