114. Caos no Posto de Saúde
Alice
Corro o mais rápido possível, feito uma louca, e chego quase soltando o coração pela boca no posto de saúde, que fica próximo a praça três quadras de distância da padaria do seu Geraldo. Ao chegar, avistei o portão da garagem aberto, que era todo feito de ferro na cor azul, sem pensar vou entrando. Mas assim que coloquei os pés dentro daquele lugar, levo um baita susto com a quantidade de pessoas que haviam por lá. Simplesmente não tinha sequer um banco disponível para sentar, estavam todos os vinte bancos de concreto que haviam ao todo lotados de pessoas aguardando atendimento. Umas recebendo medicações e algumas em cima de macas sendo levadas para o interior do posto, que por sinal era pequeno e não compreendia como conseguiriam atender todas aquelas pessoas que ali estavam.
Sinto um nó se formando na minha garganta. Sempre resmungo sobre os meus problemas, e agora percebo que existem pessoas passando por situações muito piores do que a minha, e mesmo assim continuam lutando.