A verdadeira Dama
A verdadeira Dama
Por: Thaliasilva
Capitulo 1

Ricardo Sanchez.

Hoje parecia ser um dia de trabalho como outro qualquer.

Tomei meu banho matínal, abri o armário escolhendo o melhor terno e a melhor gravata.

Sempre me considerei um homem organizado e muito exigente, gosto de arrumar minhas coisas sempre do mesmo jeito ou seja, totalmente acomodadas e de maneira diciplinada.

Meu quarto é um dos lugares que normalmente proíbo as pessoas de entrarem.

Moro atualmente com minha mãe e minha filha Sara, uma jovem complicada como qualquer outra nessa idade. Arrumei a gravata analisando meu reflexo no espelho, ajeitei o cabelo alinhando os fios como sempre faço e por fim, dei um sorriso satisfeito. Devo agradecer a minha genética boa que além de inteligente e admirado no mundo dos negócios, sou também irresistível.

Peguei minha pasta preta e desço as escadas. Como já esperava, minha mãe se encontrava na cozinha ajudando as empregadas, o que sempre achei  desnecessário, afinal Já contrato empregadas suficientes e bem competentes para fazer o trabalho doméstico para ela não ter que executa-los e as pago muito bem para isso.  No entanto, decido que o melhor é não retrucar e deixa-la que o faça já que ela se sente tão feliz e realizada trabalhando .

Cheguei por trás e a abraço de forma calorosa.

__ Bom dia. Não disse a senhora que não precisa cozinhar? Para isso que temos empregadas. - Digo sério apenas para irritá-la, se vira para me olhar.

___ Ricardo, meu filho! quando você vai mudar? - Segurou meu rosto com um sorriso carinhoso, porém, com um olhar acusador.

___ Cadê a Sara? Perguntei mudando de assunto.

___No quarto.

__ Essa hora? Ela não tem que ir ao colégio? -Questionei estranhando.

__ Ela não está se sentindo muito bem. - Minha mãe explicou e dei uma risada debochada.

___ Claro. Meneio a cabeça -Outra desculpa para faltar, ainda bem que  não caio nessas historinhas para boi dormir. __ Vou subir e traze-la agora.

Beijei seu rosto, minha mãe tentou me convencer do contrário alegando que Sara está mesmo doente, como se eu não a conhecesse. Subo as escadas e paro em frente ao seu quarto, tento abrir a porta que está trancada.

___ Sara abra essa porta. - Falo tentando parecer calmo e a mesma não responde.

__ Filho, deixa ela ficar apenas hoje. - Minha mãe insiste.

__ De jeito nenhum! Sara é bom abrir essa porta ou vou m****r a empregada pegar a chave extra. E acredite, se eu entrar vai ser pior. __ Aviso batendo novamente, segundos depois a porta é aberta.

___Que saco! Não estou a fim de ir à escola, não estou me sentindo bem. - Apareceu descabelada e com cara de poucos amigos.

__ Toma um remédio que passa ou prefere que te leve ao médico? Sugiro e revira os olhos.

__ Não obrigada. - Contorce o rosto.

__ Viu? Ela não está tão ruim assim. Sorri irônico __ Vai se aprontar, te deixo na frente da escola.

__ Pai eu não. - A corto.

___ Sem desculpas. Aliás, vê se coloca o uniforme em vez dessas suas roupas inapropriadas. Apontei para sua vestimenta e virei as costas. Escuto palavras ofensivas em seguida a porta bater com força.

Desço para a cozinha sorrindo satisfeito, termino o café aguardando ela aparecer. Olhei para o relógio. Será que essa menina está me enrolando? Lidar com adolescentes é realmente difícil, com certeza deve ser a falta da mãe. Jaqueline até tenta ser gentil, mas ela realmente não tem a mínima vocação para isso.

__ Estou pronta vamos. - Desço meu olhar analisando suas vestimentas, a mesma roupa de sempre.

__ Vai a alguma festa a fantasia? Que tipo de roupa é essa? Não era nenhum especialista em moda, contudo, sabia que aquele tipo de roupa não era adequado para sua idade. Chamativa, rasgada e cores escuras demais para ir a um colégio.

__ Muito engraçado. O senhor vai demorar? Porque se for irei a pé. - B**e o pé no chão de forma inquieta.

__ Vamos. - Abro o terno e pego o cartão de credíto na carteira. __ Aqui ,para comprar algo no intervalo. - Ela pega sem dizer nada. Me despeço da minha mãe pegando a pasta. O motorista abre a porta do carro para entrarmos..

___ Por favor, me deixa antes do portão. Não quero ser zoada por chegar com o papai na escola. - Resmungou baixo enquanto digitava no celular.

___ Sente vergonha de mim? __ Qual é o problema de acompanhá-la? Coloco a mão no peito e finjo estar ofendido.

___ Jura que o senhor ainda pergunta? __Não entende nada mesmo.

___ Deveria se orgulhar do Pai que tem. Afinal, nunca te faltou nada. Te dei até um cartão novo para comprar o que quiser. - Falei ríspido e me olha finalmente.

___ A questão não é essa. Ricardo, eu não sou criança. __O senhor não percebe isso?

__ Se está dizendo isso pelo que eu fiz , aquele garoto não te merece. Pense comigo, se ele te amasse de verdade, aceitaria o dinheiro que paguei para ficar longe de você?

___ Está vendo isso Yuri? Pede apoio do meu motorista e o encaro de forma intimidadora. __O senhor controla tudo e todos, até quando vai pagar os garotos ou ameaçá-los para ficar longe de mim? __Eu não suporto mais isso. - J**a as mãos e cruza os braços.

___ Eu faço pelo seu bem, ainda é muito nova e não tem idade para namorar. E eu que decido quando terá.- Respondo irritado encerrando o assunto.

___Eu te odeio.

___ Chegamos senhor. - Yuri avisa me olhando pelo retrovisor.

___ Boa aula minha princesa, e mesmo que me odeia um dia vai me agradecer. - Beijo sua testa que sai pisando duro.

___ Jovens. - Coloco os óculos escuros.

Enquanto observava Sara entrar no colégio como sempre faço, escuto um barulho de motor de carro velho se afogando, olho para o outro lado e avisto a mesma mulher de sempre, não sei porque algo nela sempre me intrigava, ela saiu do carro vestindo uma saia preta comprida e uma camisa branca, usando óculos de graús e seus cabelos estavam como sempre presos em um coque. Pegou uma bolsa grande e um monte de livros desajeitadamente, até cogitei ajudar a pobre coitada , mas não queria que ela se equivocasse e pensasse outra coisa. Também não sabia o que tinha nela que me chamava tanta atenção, com certeza é o fato de ser totalmente diferente das outras mulheres que me deixavam atraído. Também com essas roupas, qual homem em plena consciência se interessaria? Me pergunto se não seria ela a influência de Sara ter um pessímo gosto para roupas. Certamente até minha mãe se veste melhor .

___Yuri está vendo aquela mulher? - Aponto do outro lado da rua.

__ Sim senhor, o que tem ela? - Pergunta me olhando curioso.

__ Mesmo que eu estivesse em pleno deserto, aquela mulher seria a última mulher a qual me interessaria. - Afirmo sorrindo e balança a cabeça.

___ Entendo. - Responde desconfortável.

__ Qual é Yuri? Fala se você sairia com ela? Olha aquela roupa? Parece minha mãe e olha que minha mãe é de idade e se veste bem melhor.

__ Senhor Ricardo, podemos ir Agora? - Me corta de forma grosseira e concordo entediado. Yuri é tão sem graça que nem sei por que perco tempo brincando com ele.

___ Claro. - Seguimos em total silêncio até a empresa.

........................................

Na empresa sigo direto para a sala de Carlos, meu amigo, sócio e um grande especialista em cálculos. Digamos que sem ele a empresa não seria o que é hoje, como agora, acabou de me garantir que esse mês nós estamos com tudo. A empresa tem fechado grandes negócios e parcerias, nos rendendo muito dinheiro e tudo está sob o meu controle no seu devido lugar.

___ Realmente, devo confessar que a empresa nunca esteve tão bem Ricardo. -Carlos confirma sorrindo enquanto mexe no computador concentrado.

___Graças a mim é claro. Sorri convencido. __ E a sua ajuda também. - Completo.

__ Sim , somos ótimos. - Afirma me olhando finalmente. Escutamos alguém bater na porta e Carlos mandou entrar, imediatamente meus olhos analisaram o belo monumento a minha frente, era sua secretaria .

__ Senhor Carlos aqui estão os papéis que pediu, é só assiná-los. - Logo percebe minha presença.

__ Senhor Ricardo, não sabia que estava aqui. - Sorrio tímida. Me recordo das noites anteriores e sabia que de tímida não tinha nada.

__ Tudo bem Luana, fique a vontade. - Sorri charmoso com a mão no queixo, medindo-a de cima á baixo. Deposita os papéis sobre a mesa e sai me olhando distraida quase trombando com a porta, fingi uma tosse disfarçando a risada.

___Eu vi isso. - Carlos aponta para onde ela acabou de sair.

___O que? Faço de desentendido pegando os papéis e olhando.

___Ricardo, minha secretaria? Não acredito. - Me lança um olhar repreendedor.

___ Aconteceu. Dou de ombros. __ Por que você e ela também? Questiono com um olhar de desculpas.

___ Felizmente não, não faz meu tipo, além disso é minha secretaria. - Me recorda da regra .

___ Por isso que é bom ser o chefe. E as regras são feitas para serem quebradas.  __ Pensando bem, acho que encontrei a mulher perfeita para você. Eu a vi mais cedo amigo, vocês combinam bastante sabia? dois cultos e caretas. - Debocho.

___É mesmo? Pelo menos não sou insensível e sem sentimentos.

____ Aprende, nós homens nascemos para ser assim, é o jeito que elas gostam. Agora mudando de assunto que tal sairmos hoje? Ouvi falar que tem uma 'boate' que abriu que vai estar assim de mulheres lindas. - Faço o sinal com a mão.

___ Eu vou. Só para você não dizer que sou careta. -Tira os óculos limpando.

__ Isso aí amigo, assim que se fala! Só não vai se apaixonar logo de cara como sempre faz. Bato na mesa. __ Vou me retirar, tenho muito trabalho a fazer. - Antes de fechar a porta o escuto pronunciar.

__ Quero poder estar vivo para ver o poderoso Ricardo Sanchez, um dia caído de amores por uma mulher.

Dou uma risada, isso nunca vai acontecer, a última vez que tentei algo parecido com a jaqueline, acabou em divórcio e uma longa dor de cabeça.

Era o que pensava até aquele dia. Mas como disse aquele dia, não era nem de perto um outro dia qualquer..

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