Acordei me sentindo rejuvenescida. Bocejando, estiquei minhas pernas que estavam dobradas até meu peito sob um cobertor. Essa é minha posição habitual para dormir, não importa o quão grande seja minha cama, sempre me acordo encolhida em um canto pela manhã. Mamãe geralmente me provocava sobre minha má posição para dormir, mas eu não me importava.

Tirando o grande cobertor da parte superior do meu corpo, me sentei na cama.

Espera, não me lembro de deitar na minha cama. Como cheguei aqui?

Olhei ao meu redor em total confusão, minhas pernas ainda estavam escondidas sob o edredom. Uma batida na porta me tirou dos pensamentos.

— Entre.

Ângela entrou na sala com um sorriso no rosto.

— Bom dia, Ângela. — Esfreguei os olhos enquanto ela caminhava até minha cama.

— Você dormiu bem? — assenti e ela sentou na cama de frente para mim. Observei os cabelos grisalhos quase invisíveis em sua cabeça e seu nariz perfeitamente moldado.

— Como cheguei aqui? — Dei um tapinha no espaço vaz