Vanessa
O silêncio se entendia, como uma nuvem trazendo chuva, sobrecarregada de palavras não ditas por nove anos, eu poderia dizer e ele como me sinto sobre isso, mas ele entenderia?
Olhei para ele, mas ele estava concentrado na estrada, não parecia ser ele a quebrar o silêncio, estava confortável em ser homem, somos nós mulheres que sempre temos a necessidade de falar tudo que nos incomoda. Cruzei os braços, não serei eu a ser a primeira a falar
Já haviam se passado algumas horas, quando passamos de frente a delegacia, mas não paramos, olhei para Matthews, obviamente ele melhor que eu sabia que naquela placa estava escrito delegacia, mas continuou dirigindo, percebi que estávamos saindo da cidade.
— Onde está me levando? — Perguntei por fim.
— Na delegacia. — Ele nem se quer me olha continua a dirigir.
— Passamos por uma delegacia.
— Aquela não serve. — Fiquei confusa.
— Aqui as delegacias não têm a mesma função? — Ele sorriu.
— Amore-mio tem coisas que não tenho como