— O que estamos fazendo aqui? — ela pergunta, com a voz baixa e contida.
— Uma pausa. Um recomeço. — respondo, com a frieza bem dosada. — Você precisa de distância. De calma. Longe da pressão, da cidade, das distrações. Ela não acredita. Eu vejo isso claramente. Mas não argumenta. Apenas entra. À noite... O jantar é servido no quarto. Um banquete discreto, escolhido com cuidado. Diana quase não toca na comida. As palavras dela são poucas e os gestos, ainda menos. Mas quando menciono a cerimônia que acontecerá no dia seguinte, o sangue some de seu rosto. — Você não pode me obrigar a casar com você. — sussurra. — Claro que posso. — respondo. — Já fiz coisas muito piores. Ela se levanta, impulsiva, mas não chega à porta. Eu seguro seu braço com firmeza, sem pressa, apenas o suficiente para que saiba que não há saída. Me aproximo até que ela esteja encurralada entre meu corpo e a parede.