POV: AIRYS
Sem cerimônia, bati na mão dele, o que fez parte da tequila voar direto na manga do terno engomado.
— Ei! — protestou. — Quantos anos você tem? Cinco?
Bufando, passou as mãos pelos cabelos e soltou aquele típico suspiro teatral de quem finge estar lidando com uma causa perdida. Depois, deu uma olhada rápida no relógio de pulso.
Foi quando o sorriso dele se alargou. De verdade. Do tipo que não era só zombaria.
Algo ali mudou.
— Você tá estranho… — comentei, apertando os olhos, desconfiada.
Ele se levantou num pulo leve, cheio de energia, como se tivesse sido acionado por um botão secreto. Estendeu a mão para mim, a palma aberta, firme, convidativa.
Franzi o cenho, sem entender.
— Vamos.