Ele sabia que não existia irmã que não pudesse ser controlada. Scarlett, assim como quando era criança, ficava obediente depois de apanhar. Alexander parou e se agachou na frente dela. — Está vendo? Eu te avisei tantas vezes para não me desafiar, mas você nunca escuta. Agora aprendeu, né? Está doendo, certo? Scarlett segurava o rosto com as mãos, chorando com soluços. Alexander deixou um sorriso surgir no canto dos lábios, e sua voz ficou quase suave: — Não chore mais. Eu só te dei uma lição. Não vou te matar de verdade. Afinal, você é minha única irmã de sangue. De repente, Scarlett afastou as mãos do rosto. Não havia nenhum vestígio de lágrimas. Ela olhou diretamente para Alexander e abriu um sorriso radiante. Quando Alexander viu o sorriso dela, um arrepio percorreu sua espinha. Uma sensação de perigo tomou conta dele, e um pressentimento ruim o fez franzir a testa. — Por que está sorrindo? Não apanhou o suficiente? Nesse momento, Amelia apareceu correndo pela esca
Scarlett encarou Alexander, enquanto ele a olhava de volta com o mesmo olhar de ódio. Pareciam dois inimigos mortais. Alexander deu um sorriso frio: — Você pode até não lembrar, mas eu nunca vou esquecer. — Eu não lembro porque não fiz nada. Minha consciência está limpa! — Scarlett afirmou com toda a certeza. Ela sabia que nunca havia feito algo assim. Quando criança, sempre obedecia Alexander, nunca o desafiava, quanto mais traí-lo pelas costas. Amelia, que estava ao lado deles, ficou visivelmente nervosa ao ouvir aquilo. Ela sabia que Alexander não podia continuar falando. Se ele revelasse a verdade, o que seria dela? Ela rapidamente se aproximou e segurou o braço de Alexander: — Alexander, agora não é hora de falar sobre isso. Temos que pensar em como resolver essa situação. A internet toda já viu o vídeo! Amelia não podia deixar Alexander cair em desgraça. Pelo menos até ela conseguir se firmar de vez no mundo do entretenimento, ele não podia se meter em confusão.Ele
De repente, o som de um helicóptero rompeu o silêncio na parte superior do prédio abandonado. Scarlett olhou para o céu escuro da noite e conseguiu distinguir a sombra da aeronave. A cena parecia saída de um filme. Henry desceu do helicóptero com uma expressão séria, o corpo inteiro exalando um ar de perigo. Isaac veio logo atrás, dando instruções: — Dividam-se. Vamos procurar em dois grupos. Scarlett ouviu passos no andar de cima. Ficou preocupada, temendo que não fossem policiais, e decidiu descer. Porém, ao chegar à escada, viu que o prédio já estava cercado por várias pessoas. Henry estava na frente do grupo. Quando viu Scarlett ferida, os olhos dele se arregalaram em choque, e ele acelerou o passo até alcançá-la. A voz dele saiu rouca, carregada de preocupação: — Por que você não me ligou? Ele havia assistido à transmissão ao vivo de Scarlett e só então entendido o que tinha acontecido. Scarlett forçou um sorriso: — Foi tudo muito rápido. Além disso, ela apen
Scarlett afastou com facilidade a mão de Alexander. Com um tom calmo e provocador, ela disse: — Não foi você mesmo que caiu lá e se machucou? Por acaso fui eu quem te empurrou? — Isso só aconteceu por sua culpa! — Alexander gritou, mas a dor do movimento fez com que estremecesse e todo o corpo tremesse de agonia. — Ai, Alexander, o que houve? Não fique tão nervoso, ou o corte no seu rosto vai abrir ainda mais. — Scarlett pressionou levemente o braço machucado de Alexander, enquanto um sorriso malicioso surgia no canto dos seus lábios. — Dói? Bom, é melhor doer mesmo. Alexander não conseguiu dizer uma palavra sequer. Ele estava pálido, com o rosto coberto de suor, enquanto seus olhos, vermelhos de raiva, encaravam Scarlett. — Scarlett, eu vou te matar! Eu vou te matar! — Ele gritou, com todo o ódio que sentia. Sua vida inteira havia sido destruída por ela. Scarlett, sem se abalar, aumentou a pressão no braço dele. Alexander fechou os olhos, incapaz de suportar a dor, e calou
Scarlett ficou paralisada por um momento, olhando para ele de forma distraída. O olhar dela vacilou, e, com a cabeça baixa, respondeu em voz baixa: — Eu não estou bem agora? — E se não estivesse? Não te falei que qualquer coisa, qualquer problema, você devia me ligar? Qualquer coisa que aconteça, eu resolvo por você! — Henry falou com a voz cada vez mais carregada de irritação. Ele não conseguia tirar da cabeça o som que ouviu na transmissão ao vivo, quando Scarlett implorava e gritava de dor. Naquele momento, ele realmente quis matar alguém. Mas, no fim, tudo não passava de um plano dela, uma encenação. Scarlett olhou para os arranhões no joelho e respondeu em um tom baixo: — Mesmo que sejamos amigos, eu não posso te incomodar o tempo todo. Ela se lembrou de como, da última vez, o patrocínio para o time da UFSA veio diretamente da Bordô Maple, por intermédio de Henry. Ela não podia depender dele para tudo. Precisava resolver por conta própria os problemas com a família Mil
Henry estava parado na porta, com uma expressão tão sombria que parecia um deus da morte. Os funcionários da TG, ao vê-lo, ficaram completamente paralisados. O herdeiro da família Smith estava ali? Como isso era possível? A mulher que liderava o grupo gaguejou: — Se... Senhor... O rosto de Henry estava rígido, e sua voz saiu cortante: — Saiam. A gerente tentou explicar, nervosa: — Nós estamos aqui a trabalho, para resolver... Antes que ela pudesse terminar, Henry pegou um copo da mesa e o arremessou com força, fazendo-o se estilhaçar contra a parede. — Fora. Não me façam repetir pela segunda vez. A mulher hesitou, claramente contrariada, mas quando tentou continuar falando, foi puxada por um dos seus colegas. — Chefe, vamos embora. Ela finalmente percebeu que a situação não era boa. O rosto de Henry estava tão fechado que qualquer outra palavra poderia custar-lhe o emprego. Scarlett, percebendo o clima tenso, olhou para a mulher e disse: — Você é gerente, ce
Scarlett observou as costas de Henry enquanto ele saía da sala. Ela levou a mão ao rosto, sentindo-se um pouco confusa. Tudo aquilo parecia repentino demais. Estaria sonhando ou ainda não havia acordado completamente? Do lado de fora do quarto, Henry saiu com o rosto fechado e encarou os três funcionários da TG. — Vocês são da TG, certo? A mulher à frente do grupo rapidamente assentiu, com uma expressão respeitosa. — Sim, Sr. Smith. Eu sou a gerente. Sobre o que aconteceu antes... — A partir de agora, vocês têm duas opções. — Henry falou com um tom frio, os traços faciais impassíveis e os olhos distantes. — Primeira opção: peçam demissão e saiam de Cidade C. Os três responderam em uníssono: — Escolhemos a segunda opção. Henry lançou um olhar rápido para dentro do quarto, onde Scarlett estava sentada na cama, distraída com o celular. — Então, a partir de hoje, vocês serão a equipe de relações públicas dela, além de assistentes pessoais. Vão cuidar de todos os assuntos
Liam deu um sorriso amargo. — Ela foi levada para o hospital em emergência. Aiden imediatamente mudou o tom de voz, sua expressão ficando um pouco desconfortável. — Como assim? Ela também se machucou? — Aiden, você conhece o temperamento de Alexander. Quando ele parte para a briga, acha mesmo que Scarlett sairia ilesa? Liam estava claramente irritado. — Aiden, desde o começo, você não demonstrou nenhuma preocupação com Scarlett. Ela também é nossa irmã! E, além disso, na transmissão ao vivo ficou bem claro que foi Alexander quem começou a agressão. Aiden tentou justificar: — Mas Scarlett sabe se defender. Se os dois brigaram, quem garante quem bateu em quem? Amelia interrompeu, falando com um tom lamentoso: — Aiden, Scarlett só teve ferimentos superficiais, mas Alexander ficou gravemente ferido. O rosto dele está desfigurado. Vai ser muito difícil consertar isso. O que ele vai fazer no futuro? — Desfigurado? — Aiden parecia incrédulo. Nunca pensou que Alexander pu