Ascensão

Ascensão PT

Todos
Última atualização: 2021-05-04
Breno G.A Oliveira  concluído
goodnovel16goodnovel
0
Avaliações insuficientes
13Capítulos
1.8Kleituras
Ler
Adicionado
Resumo
Índice

Sinopse

"O ato de sobreviver transforma seres em coisas inimagináveis". Num mundo onde todos lutam por sobreviver, ganha aqueles que estão dispostos a sacrificar tudo para ascender ao poder. Numa era longínqua habitada pelas mais terriveis criaturas e conflitos intrigantes, qual povo vencerá a guerra que por milhares de anos é travada entre elfos e humanos?

Ler mais

Capítulo 1

Prólogo

O frio de Draesill penetrava até os ossos enquanto subiam a grande parede de gelo de Azrariel ao sopé da montanha. Outrora fora lar dos antigos elfos, deuses mortos na antiga Bellion. A parede fora construída a dois mil anos, uma dádiva dada aos que sobreviveram aos ataques lançados em Bellion.

Brenariel carregava consigo um pequeno odre gasto à cintura enquanto subia ao topo fervorosamente. O vento ali soprava frio. Um momento de descanso era o suficiente para perder completamente o calor de seu corpo, e bastava apenas um deslize para que perdesse toda aquela altura que havia conseguido e atingisse o chão numa queda de setecentos metros. A parede era íngreme, e suas mãos estavam duras demais para que se conseguisse dobrar os dedos. Por um instante deixou-se levar pela fraqueza e seu pé de apoio escorregou afora, caindo alguns centímetros.

–Está ficando lento, irmão.— dissera o irmão Anphoros enquanto o segurava pelo braço, cansado e com fumaça saindo pela boca devido ao frio intenso.— Ou será que estaria eu te superando?

E o puxou para cima, com um hunf esganido

–Ha! Continue sonhando, talvez um dia consiga.—Disse Brenariel, com o aspecto pálido e exausto. Sua manta era de seda e trazia às suas costas uma pesada espada longa, com o punho de marfim envolto de uma fina linha de ouro. A lâmina era longa e fria. Fria em sua cor e aspecto, aparentava um prata escuro, quase negro, e possuia ao longo, pequenos entalhes gravados no idioma antigo. Era chamada de A Não Nomeada, ou algo como "nome impronunciável". Havia lendas as quais diziam que a lâmina pertencera a Azrariel no período da grande guerra contra os humanos.

–Veja! Chegamos! —Anphoros levava um manto de seda às costas, numa bolsa qualquer, velho e gasto com o tempo.

Usava botas de couro cozido e uma grossa calça de peles. Um grande e espesso manto negro caía-lhe sobre o corpo, cobrindo-o por completo.

Brenariel usava vestes mais nobres, com um manto de pele de lince sobre as costas, cota de malha cozida e trabalhada em prata e finas folhas de ouro bordadas ao peito. Dentre os irmãos, era o mais habilidoso, desde pequeno já mostrava aos mestres de armas grandes aptidões com a espada, com lanças e arcos. Suas habilidades com mapas e cartas também supreendia aos meistres, possuía alto conhecimento sobre as histórias do passado, da conquista de Klaus, O imortal, a dois mil anos atrás,  até às presentes canções de recentes heróis do mundo atual.

Caminhavam ao encontro da Árvore-mãe, onde jazia o falecido elfo Jaezel, O justo. O último pilar do povo élfico que impedia outros povos de possíveis invasões a Draesill.

—fuuu!! Fuuu!! Aah! Que merda, porquê caralhos têm que haver uma árvore no alto de uma montanha? Isso é loucura!— o irmão suspirava e reclamava sem parar.

—Isso é magia.— explicava Brenariel enquanto prosseguia montanha acima.— tanto a dádiva de Azrariel quanto a montanha são alimentadas por magia. Isto é o que impede os humanos e outros povos de nos atacarem. Nosso povo aprende a dominar a magia desde que nascemos e, com ela, mantemos a dádiva e a motanha como escudos do reino.

—Foi retórico irmão. Conheço a historia de nosso povo.—Anphoros rebateu.— posso não conhecer como você, herdeiro. Mas conheço bastante.

Diferentemente da escalada, o caminho até o topo foi calmo, cansativo devido às tagarelices de Anphoros, mas calmo. Encontraram com o irmão mais novo Pherasmo já em frente a Árvore-mãe, rezando à Jaezel, num cântico qualquer no idioma antigo. Estava bem trajado, com vestes que caíam-lhe bem ao corpo, inteiramente pretas. Possuía olhos purpúreos, diferente dos irmãos que eram verdes. Sua voz soava calma e bela. Ao seu lado havia uma harpa, inteiramente de marfim e cordas de aço.

—Estão atrasados.—foi só o que dissera. Sem nem olhar para trás.

—Você que está adiantado.—disse Anphoros.

—Está aqui desde ontem, não sente frio irmão? Perguntara Brenariel.

—O frio nada mais é do que a ausência do calor. Algo suportável. Uma mente forte é suficiente.—respondeu.— trouxeram o odre?

—Aquela maldita garrafa? Está com Bren. Dê logo à ele e vamos para casa, sim?

O odre foi dado às mãos de Pherasmo, o qual carregou até a sepultura. Juntos, desenterraram o caixão da sepultura, o que levara metade do dia, e o abriram, colocaram o odre junto ao peito do cadáver, o qual soltava um forte cheiro fétido. Haviam larvas saindo pelas orelhas e olhos, juntamente com um líquido preto escorrendo por todas as cavidades.

—Puta merda!.—exclamou Bren.— Isso tem o seu cheiro Anphoros.—implicou.

—Sim! E seu rosto.—retrucou enquanto torcia o nariz, de repúdio ao ver o defunto.

Anphoros bateu levemente no braço de Pherasmo  para assusta-lo, quase o derrubando em cima do cadáver.

—Idiota!—olhou para trás, com o semblante sério e assustado. Ao passo que seu irmão zombava sem parar.

—Vamos enterra-lo de volta e ir embora. Ou morrerei nesse frio. Brenariel suspeitava o que viria a seguir.

—Então não tenhamos pressa, assim posso ser o rei.

Mais
Próximo Capítulo
Baixar

Último capítulo

Mais Capítulos

Você também vai gostar de

Último capítulo

Não há comentários
13 chapters
Prólogo
Klaus
Brenariel
Ártemis
Klaus
Helasdriazel
Alleister
Brenariel
Klaus
Ahlura
Explore e leia boas novelas gratuitamente
Acesso gratuito a um vasto número de boas novelas no aplicativo BueNovela. Baixe os livros que você gosta e leia em qualquer lugar e a qualquer hora.
Leia livros gratuitamente no aplicativo
Digitalize o código para ler no App