A jovem Mikaella aos dezessete anos perde o amor da sua vida em um acidente e após dois anos, quando retorna de um intercâmbio, começa a ver o fantasma de seu falecido namorado. Ao lado de Natasha, sua melhor amiga, deverá descobrir os mistérios que passam a envolvê-la. Tudo piora quando poderes místicos e criaturas fantásticas surgem em sua vida junto com a promessa de um antigo mal que ameaça destruir a todos. Conflitos amorosos e de identidade agravam-se enquanto ela deve manter as aparências cotidianas de uma jovem comum e lidar com os segredos de sua nova vida. Mikaella será capaz de cumprir as antigas profecias ou irá percorrer seus próprios caminhos? Lendas e mitos se revelam verdadeiras em Crescimento do Tempo, magia e mundos fantásticos são imersos no drama e nos conflitos de uma jovem adulta que tenta forjar seu próprio destino.
Leer más7 de Maio de 2010
— Eu acho que te amo — sussurrou.
— Eu pedi para você não me amar — respondi apreensiva
Ele sorriu e colocou a mão em meu rosto, apertando carinhosamente a minha bochecha.
— Eu sei, me perdoe. Tentei cumprir com a minha promessa. — Me olhou como se estivesse admirando as estrelas e a lua. — Mas eu sei que você me ama também.
Eu o encarei como se ele tivesse falado algo tão inacreditável e impossível, mas que na verdade era completamente possível e acreditável. Eu o amava.
— Você é meu melhor amigo Troy, é claro que eu te amo.
Troy balançou a cabeça, fazendo seus cabelos ficarem bagunçados e soltou uma doce risada.
— Você me ama Mikaella, mais do que seu melhor amigo — Troy disse em um tom sedutor e foi aproximando o seu rosto do meu, me fazendo sentir o seu hálito de menta com café.
E sem conseguir pensar em mais nada, eu simplesmente avancei para mais perto também, fazendo os nossos lábios quase se tocarem. E com a voz quase falhada eu respondi:
— Amo mais do que toda a minha vida — e nisso ele me beijou.
O beijo começou com pressa, como se as nossas bocas fossem imãs que se atraiam a milhares de quilômetros e não pudessem nunca mais se separar. Troy apertava a minha bochecha carinhosamente, porém firme, como se quisesse ter certeza, que eu não iria me afastar. Eu coloquei minhas mãos em seu pescoço e o puxei para mais perto, como se só os nossos lábios juntos não fosse o suficiente, eu queria o corpo dele junto ao meu.
O ritmo do beijo foi diminuindo, ficando mais calmo e doce, me fazendo sentir como se estivesse descendo das nuvens devagar.
Troy sorriu para mim de um jeito que me fez pensar que não existia coisa melhor do mundo do que aquele sorriso.
— Minha Ella, eu te amo por todas as vidas que eu terei daqui por diante. Mikaella Bellucci, você será para sempre a minha melhor amiga e amor da minha existência. — Eu sorri e acariciei o seu rosto, observando enquanto ele me dizia aquelas juras de amor.
— Troy Brown Fairwell, você tem apenas quinze anos, não acha que está exagerando demais nessa sua declaração, não? — respondi rindo, contagiando Troy a fazer o mesmo.
— Não, por ter apenas quinze anos, como você quis recordar, eu te terei uma vida imensa pela frente e quem não garante que não viverei ela ao seu lado? Afinal, você é a minha melhor amiga e não conseguira se livrar de mim tão fácil —disse rindo.
— Você é o meu melhor amigo Troy. Vê se não estraga isso, hein — falei séria.
Ele colocou as mãos em minha cintura e afastou um pouco o rosto do meu e disse com uma voz séria e penetrante:
— Eu não irei, prometo. — Respirou fundo e apertou minha cintura. — Não quero perder você, sua amizade, isso tudo Mikaella, eu juro.
— Você não é bom em manter promessas Troy, isso aqui é um exemplo disso — suspirei. — Mas eu te amo muito, também não quero te perder, perder tudo isso que temos.
Troy me puxou para perto, me abraçando e sussurrou:
— Isso nunca irá acontecer Ella, eu amo você.
E nos braços de Troy eu senti que aquilo tudo era verdade, mesmo tendo apenas quinze anos, tudo aquilo iria durar para sempre e desejei mais do que tudo que realmente durasse. E pensei: tem como às coisas serem mais perfeitas?
—Eu amo você, Troy.
A seguir um trecho do livro COSMO LINEAR, a continuação do livro CRESCIMENTO DO TEMPO.Recuperei a consciência aos poucos. Meus olhos ainda estavam fechados, porém conseguia sentir a claridade tentando invadir minha visão, aonde quer que eu estivesse. Meus outros sentidos começaram a ficar em alerta, senti que estava deitada em uma cama macia com lençol de veludo por debaixo. Abri meus olhos e pisquei várias vezes, me adaptando a claridade de luz que entrava pela janela.Me sentei na cama devagar, minha cabeça girava e precisei fechar os olhos para a tontura passar. Por Deus, o que houve comigo? A onde estou? Não conseguia me lembrar de nada depois de estar com Thryee dentro da Ferrari, desejando poder ficar vagando para sempre no espaço.Comecei a observar a onde eu estava. Era um quarto grande, a cama era de casal e havia um teto com cortin
Entrei no carro sabendo que estava indo em direção ao inferno novamente, com o Diabo no volante. Thryee logo surgiu na frente do volante, o motor roncou quando ele pisou no acelerador sem sair do lugar.— Iremos até aquele paredão com uma Ferrari por que? — perguntei, indiferente a sua exibição.— Querida, aprenda que comigo você faz um portal com o que é mais elegante — respondeu, deixou os óculos deslizar pelo nariz e me deu uma piscadela. — Eu viajo com classe e isso aqui é o nosso transporte para casa.Thryee fez o carro cantar pneu, deixando com certeza marcas no chão e fumaça atrás enquanto dirigia em alta velocidade, cortando entre os carros com pouquíssimos centímetros antes de batermos. Me segurei no banco com toda força, cravando as unhas no couro, ele era insano!Olhei pelo retrovisor a minha cidade ficand
— Mikaella? — Natasha me chamou.— Sim.— Me desculpe ter agido daquela forma. Fiquei apavorada com a ideia de perde-lo. Não sei o que aconteceu, simplesmente pensei que o que acontecesse com ele, eu nunca poderia perdoar o responsável e eu a culpei sem motivo. Perdoe-me.— Não, está tudo bem — respondi e me levantei. — Estou destruindo tudo o que toco, é realmente minha culpa ele estar aqui. Minha mãe está morta, meu pai quase morreu e Troy ter morrido e agora está preso sabe se Deus aonde, é tudo por minha causa.— Mikaella, não é verdade. Você não pode ver dessa forma. Meu irmão sempre foi apaixonado por você e vocês são feitos para ficarem juntos. Eu finalmente estou entendendo o amor, sabe? Acho que estou começando a acreditar nele e isso é graças a você —
Os dois dias seguintes passei em alerta no hospital. Ia do quarto do meu pai ao do Gabriel. meu pai tinha passado por uma cirurgia que durou quase doze horas, seu coração sofreu duas paradas na mesa de operação e ainda não tinha acordado, os médicos diziam que era o normal para o trauma que sofreu, davam três dias no máximo para ele acordar novamente. Eu ficava na encruzilhada de esperança dele acordar e a preocupação de que quando ele acordasse e descobrisse que a minha mãe havia falecido, cheguei a pensar que as duas paradas cardíacas tinham acontecido porque ele queria ficar junto a minha mãe.Os dois sempre pareciam ser o casal que envelheceriam juntos, sentados no banco de balanço na varanda, vendo os netos correndo. Não conseguia acreditar que a minha mãe tinha ido embora para sempre, era um fato surreal para mim. Havia a sensação de que se
Meu corpo ficou quente, estávamos interligados. Sentia mais pessoas nos abraçando, espremendo nós dois para ficarmos mais unidos, acreditava que eram os deuses nos ajudando. O coração do Gabriel começou a bater mais forte e a pressão entre nós dois diminuiu.Abri meus olhos e vi uma luz começando a se apagar, me lembrou as cores da aurora boreal até que ela voltou para dentro do meu peito. Gabe arfou como se estivesse respirando pela primeira vez, deitei seu corpo de novo na areia e apoiei de volta sua cabeça em meu colo, ele foi abrindo os olhos de forma lenta e me olhou.— Mikaella — sussurrou fraco, quase não saindo som algum.— Está tudo bem. Você vai ficar bem — respondi lhe acalmando, feliz por vê-lo melhor. A ferida começava a fechar, ficando uma cicatriz rosada.— Você não pode ser ela — fal
Puxei ela pelo braço e entramos no portal. Aterrissamos na montanha que havíamos deixado o carro, nenhuma das duas perdeu tempo e corremos em direção a ele e saímos em disparada para a cidade. Eu continuava sem saber quem salvar, apenas torcia para que meus pais e Gabriel estivessem ainda vivos.Assobiei três vezes, chamando Skyla, mesmo sabendo que ela não estava ali, ela ainda podia me ouvir.— Vá até o Pietro e peça ajuda. Mamãe, papai e Gabe estão muito feridos, preciso de ajuda — pedi baixinho para Skyla, que em algum lugar naquela tempestade uivou e eu pude ouvir, aquilo me fez abrir um pequeno sorriso. Talvez eu não perdesse ninguém naquela noite.Pisei fundo no acelerador com tanta força que acreditei que a minha perna iria atravessar o carro. A tempestade ainda continuava forte, comece a fazer ela diminuir para conseguir ver melhor a estra
Último capítulo