Duas semanas depois, eu estava em pé na porta do que costumava ser o apartamento de Viper—nosso apartamento agora—observando trabalhadores instalarem barras de apoio no banheiro e rampas em cada degrau."Você não precisava fazer tudo isto," Viper disse de sua cadeira de rodas atrás de mim. Ele tinha recebido alta do hospital três dias atrás, mas o ajuste à vida permanente numa cadeira estava sendo mais difícil do que qualquer um admitia."Eu quis fazer." Eu me virei para encará-lo. "Este é nosso lar. Precisa funcionar para ambos.""Lila—""Não." Eu me ajoelhei na frente dele, minhas mãos nos seus joelhos. "Vamos estabelecer isto agora. Você não é um fardo. Você não é quebrado. Você é meu marido, e vamos descobrir esta nova vida juntos. Entendido?"Ele estudou meu rosto por um longo momento, então acenou. "Entendido.""Bom. Agora, Reaper está vindo às duas para instalar aquela maldita televisão gigante que você pediu, Jax quer discutir negócios do clube às três, e Thomas está trazendo

As docas estavam diferentes desta vez. Silenciosas. Desertas. Como se a própria cidade estivesse prendendo a respiração, esperando pelo que viria a seguir.Viper e eu chegamos com quarenta minutos de antecedência. Tempo suficiente para posicionar, para planejar, para rezar que não fosse um erro fatal."Vejo três pontos de observação possíveis," Viper murmurou, escaneando através de binóculos. "Aquele armazém, o guindaste, e o barco abandonado a leste.""Vincent não está sozinho. Não pode estar." Eu verifiquei minha arma pela quinta vez. "Ele teve tempo para reunir novos homens, planejar isto.""Jax está a cinco minutos. Reaper e seis Serpentes estão cercando o perímetro." Viper baixou os binóculos, encontrou meus olhos. "Mas Lila—se isto der errado—""Não vai dar.""Se der," ele insistiu, "você corre. Não olha para trás, não tenta ser heroína. Apenas corre.""E deixa você? Nunca.""Então prometa algo mais. Prometa que vive. Que encontra felicidade. Que não deixa esta merda te destruir