LUCIEN BLACKWELL— Vê? É disso que estou falando. — Segurei o papel diante dos olhos dela. Quando ela desviou o olhar, um fogo se acendeu dentro do meu peito, envenenando-me de raiva. Agora isso tinha se tornado pessoal. Como ela ousava tentar tirar meus gêmeos de mim? — Você é uma mentirosa nojenta. Você pode mentir para a justiça, mas eu não? Não me parece justo.Amassou os papéis e a forçou a abrir a boca, mas ela se recusava e balançava a cabeça para os dois lados até que ele sacou o revólver e o encostou na têmpora dela.— Abra a boca e engula suas mentiras! — gritei furioso, com o dedo tremendo no gatilho. — Eu só queria te colocar na prisão, mas se você quer que eu te mate aqui mesmo, eu vou fazer isso.Está vendo a cabeça do seu advogado? É assim que

DAMIÁN ASHFORDEra disso que eu precisava para aliviar o estresse e pensar com clareza. O mundo poderia mergulhar no caos, mas só o corpo dela era capaz de me relaxar como se tudo estivesse bem, como se não houvesse nada com que me preocupar. Seus poros liberavam uma droga viciante que me tornava dócil entre suas pernas e mais relaxado diante dos problemas.Quando finalmente terminamos, em um clímax abafado, lutando para que ninguém fora daquelas portas soubesse o que havia acontecido no meu escritório, algumas batidas soaram na madeira firme, trazendo-nos de volta à consciência.Andy pulou da mesa enquanto eu ajeitava minha camisa e calças. Ela pegou sua calcinha amarrada e, antes que ela tivesse a intenção de vesti-la novamente, eu a arranquei.— Damián! — exclamou ela com as bochechas coradas, enquanto eu olhava para a renda rosa em minhas mãos, com um sorriso de satisfação.— Para dar sorte — respondi, pressionando meus lábios contra a peça antes de guardá-la no bolso.Ela abriu a

DAMIÁN ASHFORDQuando Lucien se preparava para lhe dar um tapa por sua imprudência, Andy levantou a mão, impedindo-o, enquanto se aproximava de sua ex-sogra, com um olhar cheio de nostalgia e pena. Era como estar diante de um fragmento doloroso de seu passado.Eu queria abraçá-la, afastá-la, protegê-la, mas sabia que talvez fosse bom para ela enfrentar aquilo. Ela não havia encerrado aquele capítulo de sua vida, não de forma definitiva.— Você se comportou como se você e seu filho fossem melhores do que eu — disse ela com voz suave, sem rancor nem tristeza. — Como se eu tivesse sorte de estar com vocês, e por muito tempo pensei que fosse assim.— Como não seria? Você nunca teve uma família até chegar à nossa casa! E veja como você nos trata agora! Mulher ingrata! — gritou a Sra. Carpentier.Naquele exato momento, enquanto Andy estava inclinada em direção a ela, a uma certa distância, a Sra. Carpentier cuspiu diretamente em seu rosto. Meu corpo ficou tenso, pronto para matar aquela mul

JAMES CARTERSentei-me na beira da cama e Rocío mexeu-se suavemente, silenciando por um momento seus roncos de motocicleta avariada. Balancei a cabeça e sorri. Era exatamente isso que eu adorava nela. Ela não era exatamente uma princesa. Dei uma olhada no resto do seu corpo que estava fora do abrigo dos lençóis.Uma camiseta velha do Queen e... não calcinhas de renda, nem mesmo de algodão, mas boxers largos, laranja, xadrez. Acho que tínhamos uma toalha de mesa com o mesmo tecido. Balancei a cabeça novamente e apoiei a testa na palma da mão enquanto continha um sorriso.Ela poderia parecer pouco atraente, até ridícula, mas mesmo assim minhas mãos formigavam de vontade de deslizar aqueles boxers pelas suas pernas e tirar aquela camiseta. Meus pensamentos me atormentavam cada vez que a acompanhava até a cama, meu coração acelerava e eu imaginava como seria tê-la para mim, podia imaginá-la gemendo de prazer e se agarrando a mim em meio a um orgasmo.Meu corpo ardia sem nem mesmo tocá-la.

JAMES CARTER— Você está fazendo as malas... — sussurrou Rocío atrás de mim, deixando-me tenso.Depois daquela aula de dança que, infelizmente, não deu em nada graças a Ágata, recebi a ligação de Lucien: havia trabalho a fazer, ou melhor, a terminar. Eu já estava observando meu objetivo com atenção, tinha as informações de que precisava e era hora de agir, agora que as águas estavam aparentemente calmas.Rocío se aproximou e pegou a peruca cheia de cabelos grisalhos entre as mãos, confusa. Imediatamente a tirei dela, não queria que ela deixasse seu DNA. Embora sempre fosse cuidadoso ao terminar meu trabalho, não queria que houvesse a menor chance de ela ser incriminada.— Por que você não fala? — perguntou ela, cruzando os braços e encolhendo os ombros.— Eu falo com você — respondi com um meio sorriso antes de continuar arrumando as coisas. Pude notar seu sorriso através do espelho. Havia algo em ser único para alguém, ela era única para mim e eu estava começando a entender isso.— M