LUCIEN BLACKWELLColoquei-a cuidadosamente na cama antes de entrar no banheiro e preparar a banheira com água quente. Não queria que Camille sofresse de hipotermia. Quando percebi, ela estava parada na soleira da porta, com aquele olhar semicerrado e perspicaz, esforçando-se para me reconhecer. O homem que eu fui, aquele que viu lá embaixo torturando e matando, não era quem eu queria ser com ela.Também não queria que ela se lembrasse de mim como o mafioso que a torturou e ameaçou matá-la. Eu me tornei um animal ferido e não pude deixar de morder sua mão, mas agora só queria lamber suas feridas e reconquistar seu coração.— O que você está fazendo? — perguntou Camille enquanto eu me concentrava na água morna enchendo a banheira. Seus olhos se encheram de lágrimas que ela não estava disposta a soltar. Ela

CAMILLE ASHFORD— Camille? — perguntou Lucien atrás de mim, enquanto eu não parava de girar o envelope com o endereço de Cloe. Quando me virei, não pude deixar de notar o medo refletido em suas pupilas e meu estômago se contraiu, sabendo que não havia como consolá-lo.Estiquei a mão até que o envelope ficou perto dele. Ele o pegou como se fosse uma cobra esperando para atacar. Ele o girou algumas vezes com o cenho franzido até começar a abri-lo.— Essa é a endereço de Cloe Sullivan — disse em um sussurro, recuperando sua atenção. — Ela é a mulher que você procura. A amante de Aston Smith. A verdadeira Rouxinol. Aquela que deveria estar no meu lugar e que teve que sofrer as humilhações que me foram infligidas.Levantei-me lentamente da cama e passei as mãos pelo meu vestido,

CAMILLE ASHFORDGostaria de dizer que, à medida que nos afastávamos, me sentia mais tranquila, até mais alegre, mas a verdade é que não era assim. Sentia-me pior, como se o meu coração tivesse ficado lá. Era ilógico, Lucien era ruim para mim em todos os aspectos e, mesmo assim, eu estava tentada a olhar para trás, chorar por ele, até mesmo chamá-lo.A mão de Damián pousou sobre a minha e seu rosto revelou que ele estava preocupado comigo.— Você está bem? — ele perguntou em um murmúrio, e eu apenas sorri de forma insípida e comprometida. Um sorriso forçado e amargo que afundava meu coração.— Por quê? — perguntei confusa, com a mão no peito. — Por que dói quando estou fazendo a coisa certa?— Boa pergunta... — respondeu Dami&aa

 ANDY DAVIS— Mamãe! O papai ainda não chegou? — perguntou León, espreitando por cima da mesa, enquanto Victoria olhava desconfiada para John.— Quem é ele? — perguntou minha filha, franzindo a testa e mantendo distância.— É melhor esperarmos lá fora... — disse eu, enquanto procurava algum dinheiro na minha bolsa antes de sair dali.— São eles? — perguntou John com um nó na garganta, inclinando-se para os meus filhos. — Como se chamam?— Eu sou León e ela é Victoria! — respondeu meu filho com a testa erguida e um sorriso orgulhoso.— Quantos anos vocês têm? — insistiu John, estreitando os olhos com curiosidade.— Cinco! — exclamou Victoria, levantando seus cinco dedinhos no ar. — Quase seis.— Basta... —

ANDY DAVISTínhamos passado tempo suficiente longe um do outro para que a necessidade de nos sentirmos se tornasse aguda e insistente, e aquele beijo que tinha começado como a confirmação do meu amor por ele se tinha transformado em algo mais. O desespero de me marcar como sua tinha escalado ao ponto de rasgar as minhas roupas com uma facilidade que me surpreendeu.Suas mãos percorriam meu corpo com uma luxúria que ele nunca havia demonstrado antes. Ele segurou meus pulsos com força no momento exato em que se enterrou em mim, dominando-me com seu corpo enquanto me possuía. Seu ciúme e suas inseguranças haviam se transformado em força e desejo, em uma possessividade que parecia doentia, em uma dominância que me assustava e, ao mesmo tempo, me agradava.Damian ditou o ritmo do nosso encontro e eu não pude fazer outra coisa senão obedecer, contra o meu temperamento, deixei-me subjugar por aquele loiro de olhos escuros, sucumbindo entre tremores e g