POV LIANNA O mundo se reduziu ao calor do corpo dele contra o meu, à solidez daquele peito que agora era meu refúgio. A respiração dele, mais acelerada, sussurrava contra meu cabelo, e suas mãos desenhavam círculos lentos e seguros nas minhas costas. Era um abraço que não prendia, que não cobrava; sustentava. E naquele colo de tranquilidade e força, algo dentro de mim, há muito tempo congelado, começou a derreter. Não foi um pensamento. Foi um impulso primordial, uma necessidade que brotou das cinzas da minha própria seca. Levantei o rosto, minhas lágrimas ainda úmidas nos cantos dos olhos, e encontrei seu olhar. O silêncio entre nós já não era pesado. Era elétrico, carregado de uma pergunta que meu corpo já estava respondendo. Me inclinei para frente, devagar, dando a ele todo o tempo do mundo para se afastar. Ele não se moveu. Seus olhos, escuros e intensos, fixaram-se nos meus lábios com uma concentração que fez meu estômago embrulhar de desejo. E então, fechei a distância. E
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