Capítulo 41 O som dos passos de Jade subindo as escadas ainda ecoava quando o silêncio voltou a dominar a sala.Melissa, sem dizer mais nada, seguiu atrás dela. Ficaram apenas Dominic, Ofélia, Gustavo e Bruno — e a tensão que parecia crescer a cada segundo.— Dominic — começou Ofélia, a voz firme, mas trêmula. — O que você pensa que está fazendo?Ele passou a mão pelos cabelos, respirando fundo. — Colocando limites. Alguém precisa fazer isso.— Limites? — ela repetiu, dando um passo à frente. — Mandar sua irmã embora pra outro país é o seu jeito de colocar limites?Dominic desviou o olhar, tentando manter o controle. — Ela não pode fazer o que quiser, mãe. Passou da linha.Ofélia o encarou com lágrimas nos olhos. — E você pode? Pode gritar, intimidar, destruir tudo o que toca só porque está ferido?Gustavo e Bruno trocaram um olhar rápido. A tensão era quase palpável.Dominic fechou o punho. — Isso não está em discussão.— Está, sim! — respondeu Ofélia, erguendo a voz pela primeira v

CAPÍTULO 43 Lorenzo observava a bagunça na sala com a calma de quem controla tempestades. Voltou-se para Gustavo, e, num gesto brusco que misturava desafio e cumplicidade, deu-lhe um tapa leve no braço. — Acho que você ainda não sabe o que sente por Jade, garoto — disse, em tom quase provocador. — Vou lá falar com a sua Mãe, Resolve isso. Lorenzo subiu as escadas em passo firme. Antes de entrar no quarto de Jade, parou à porta, respirou fundo e entrou. A filha estava em pé, trancando os punhos, os olhos flamejando. — O que houve aqui? — perguntou Lorenzo, seco. Jade mal esperou. As palavras saíram como facas: — Ele me humilhou, falou de mim como se eu fosse um problema... e ainda quer me mandar embora! Lorenzo, com a frieza calculada de sempre, interrompeu: — Minha menina, isso pode ser bom pra você. Faz tempo que eu e sua mãe queremos isso. Vamos com você. Jade arregalou os olhos, incrédula. — Você vai onde? — Mas a resposta veio primeiro em fúria: — Eu desço e mato o Dominic

Capítulo 45 Melissa entrou no banheiro e ficou ali por um tempo, deixando a água quente cair sobre o corpo, tentando acalmar o turbilhão de emoções. Quando saiu, Dominic já estava deitado, de costas, com o olhar fixo no teto. Ela secou os cabelos, apagou a luz e deitou-se ao lado dele. O silêncio era pesado. A respiração dos dois parecia se misturar, e o clima estava tenso, quase palpável. Depois de alguns minutos, Dominic quebrou o silêncio. — Tudo bem? — perguntou com a voz baixa. Melissa respirou fundo e respondeu, tentando parecer despreocupada: — Sim... claro. Não é como se eu tivesse me apaixonado por você depois de uma noite juntos. Até porque eu já tinha ficado com outra pessoa antes. Relaxa. Dominic sentiu um nó apertar na garganta. A simples ideia de Melissa nos braços de outro homem o incomodou de um jeito que ele não entendeu. Mas se controlou, mantendo o olhar firme e o rosto impassível. — Entendo — respondeu apenas, tentando esconder o que sentia. Melissa virou

Capítulo 47 Já era tarde quando Jade terminou de arrumar suas malas.Ofélia entrou no quarto em silêncio, observando a filha fechar o zíper da última mala com as mãos trêmulas.— Tem certeza, minha menina? — perguntou, com a voz embargada.Jade forçou um sorriso. — Tenho, mãe. Vai ser melhor assim.Ofélia a abraçou forte, como se tentasse guardar aquele momento para sempre.— Então vamos. Seu irmão deve estar lá embaixo.Na sala, Dominic estava de pé perto da janela, o olhar distante. Melissa, ao lado dele, parecia dividida entre o alívio e a tristeza.Quando Jade desceu as escadas, o som dos saltos ecoou pela casa inteira. Dominic virou-se, os olhos cansados, mas não disse nada.— Está mesmo decidida? — perguntou apenas.— Estou — respondeu ela, firme. — E dessa vez é por mim, não por você.Ofélia segurou a mão da filha e olhou para o filho. — Dominic, não quero sair brigada com você. Cuide da Melissa. E se puder… tente ser mais leve consigo mesmo.Ele apenas assentiu, e por um inst

Capítulo 49As luzes coloridas piscavam em volta, o cheiro de pipoca e algodão-doce tomava o ar, e as risadas se misturavam ao som dos brinquedos girando. Melissa caminhava à frente, empolgada, olhando tudo com os olhos brilhando como uma criança.Dominic vinha logo atrás, com as mãos nos bolsos e o olhar desconfiado, tentando parecer indiferente, mas não conseguia disfarçar o leve sorriso nos lábios ao vê-la tão animada.— Vamos na roda-gigante! — disse Melissa, puxando o braço dele com entusiasmo.— Roda-gigante? Você só pode estar brincando. — respondeu, franzindo o cenho. — Aquilo é um negócio que gira devagar e alto demais.— Exato! — ela rebateu com um sorriso travesso. — Alto, devagar e com uma vista incrível. O lugar perfeito pra relaxar.— Relaxar? Eu chamo isso de tortura. — resmungou, mas ela já o arrastava para a fila.Enquanto esperavam, Dominic a observava rindo, conversando com uma criança que segurava um balão. A espontaneidade dela o desarmava.Quando entraram na cabi