JACKING:Dizendo isso, me levanto e me afasto. Não é o primeiro ser sobrenatural que viveu toda sua vida como humano, e quando seu poder se manifesta, pensa que é uma maldição. Por experiência, sei que devo deixar que processe todas as informações.— Acho, Jacking, que amanhã devemos falar com o senhor Farell. Ele não tem ideia de que tem uma filha pequena. Ele deve ter estado grávido quando foi embora —fala Amet enquanto saímos da clínica e caminhamos em direção à minha casa. Nesse momento, vemos uma multidão à frente.Nos apressamos para descobrir do que se trata. Ao chegarmos, vejo Úrsula discutindo com a nana, que protege Merytnert, que está jogada no chão, segurando o rosto, com os olhos cheios de lágrimas. Corro em direção a ela, furioso.— Quem te fez isso, Mert? —pe

ISIS:Minha mãe, Amanda, não parava de reclamar dos meus irmãos, que estavam demorando em seus quartos, como de costume, antes de irmos para o festival. Antonieta e Julieta faziam travessuras com Alexis, que usava seus poderes de bruxo branco para mudar a cor do cabelo delas, fazendo um grande alvoroço no segundo andar. Elas insistiam que dessa vez ele as ajudasse a deixar seus figurinos muito mais bonitos.— Não corram assim, crianças, vocês vão se machucar —repreendia mamãe, enquanto terminava de preparar o café da manhã—. Isis, diga a seus irmãos que venham se vestir. Vamos nos atrasar para a cerimônia da Lua.— Mamãe, por que sou sempre eu quem tem que ficar chamando meus irmãos? Eles não gostam disso —protesto, como sempre.— Isis, você é a mais velha —responde Amanda, olhando para mim—.

ISIS:Papai e mamãe estão um pouco mais atrás, conversando com alguns vizinhos. Sua presença consegue aliviar a inquietação que cresce em meu peito quando me encontro no meio de tanta gente. Alexis se aproxima de mim com sua bengala e aquele sorriso zombeteiro que define sua personalidade, mas Antonieta corre e o agarra pelo braço.  — Alex —a chama, puxando-o—, você será meu par.  — Tudo bem —aceita meu irmão imediatamente—. Carlos e Paul, com quem vão?  — Carlos —o chama Netfis—, você será meu par.  — Paul, comigo —se adianta Julieta, agarrando-se ao braço dele.  Observo todos formarem pares. Mas enquanto o faço, não consigo evitar sentir que fiquei sem par e não sei com quem fazê-lo. Talvez com papai? Ao girar a cabeça, vejo-o

JACKING:Todos os que sabem que é a minha Lua me procuram instintivamente, aliviados ao não me encontrar, pois acreditam que, se eu observar esta imagem, não conseguirei controlar meu lobo, Mat. No clímax de sua apresentação, Isis executa uma série de piruetas que parecem tecer fios de luz no ar. Suas asas brilham com mais intensidade quando as outras pequenas bailarinas se juntam a ela, formando um círculo perfeito que parece uma coroa de estrelas dançantes. A sequência final é uma explosão de graça e poder: saltos que desafiam a física, giros que criam redemoinhos de luz, e aquelas asas majestosas que parecem abraçar todo o teatro.O público, cativado pelo espetáculo, explode em uma ovacão ensurdecedora. Enquanto Isis e suas companheiras se curvam com elegantes reverências, observo pequenas faíscas de luz prateada que caem como chuva

HORÁCIO:Corro desesperado pela floresta, seguindo o cheiro da minha metade, mas não a encontro no meio da escuridão. Dou o controle ao meu lobo Hor, que está tão desesperado quanto eu por vê-la, beijá-la e brincar com ela. De repente a sentimos: Julieta se escondeu atrás de uma árvore e fez uma pequena bola de água que lança ao ar. É nosso sinal; instantaneamente, corremos em sua direção.—Onde você estava, meu lobo? —pergunta impaciente como sempre.—Olhando para você, linda —tento falar pelo link, como o alfa nos deu permissão, e vejo como seu rosto se ilumina de surpresa. Por isso continuo—: Você está muito bonita hoje.Julieta sorri com aquela mistura de orgulho e doçura que sempre faz com que meu lobo e eu percamos o controle. Seu olhar brilha sob o brilho da lua, e posso sentir como a conex&