Como de costume, Viviane se levantou e caminhou em direção ao banheiro da suíte, esperando que Liam a seguisse. Era um ritual, um prelúdio de uma noite calorosa de sexo. Sempre havia o banho juntos após a paixão inicial. Ela pensou que ele chegaria e a abraçaria por trás, que a beijaria no pescoço como de costume. Mas Liam não a seguiu hoje. Viviane tomou um longo banho, demorando-se, lavando cada parte do corpo e depois aplicando creme perfumado, preparando-se para o encontro de volta na sala. Ela o via como uma grande oportunidade de virada, rico, jovem e bom de cama, era como ganhar na loteria, mas todas as suas tentativas de tornar tudo mais sério, oficial, terminava com a recusa fria de Liam. Mas hoje as coisas estavam diferentes. Ela foi até o quarto, lá havia peças disponíveis para seu uso pessoal, escolheu uma bela camisola branca longa de cetim. No entanto, ao entrar na sala, o sorriso em seu rosto se desfez. Quem a esperava não era Liam, mas sim seu advogado, Ralf Simons

Liam tomou um longo gole de seu uísque e soltou um suspiro pesado. O passado eram como correntes enferrujadas, pesadas e rígidas ao redor de seu coração. _ Você sabe o que é a pior parte, Caçula? Liam sempre usava esse apelido carinhoso com Patrick, sempre foi a sua forma de instigar seu irmão a seguir em frente e não desistir. Ele começou a usar depois de um dia, Eleanor não gostou do rendimento de Patrick em uma disciplina e após o castigar, o deixou chorando no quarto, ele tinha apenas 6 anos. Liam o provocou chamando de "Caçula" e desde então tem sido sinal de seu apoio silencioso, Patrick não estava sozinho, ele era "Caçula" porque tinha um irmão mais velho. Liam passou a estudar com ele todos os dias. Então todas as suas notas subiram. A voz de Liam era amargurada. Patrick não gostava de ouvir ele falando assim. _ Depois de todos esses anos, não consigo estar em um casamento sem pensar nela. Patrick suspirou, conhecia a história da noiva perfeita que encantou Liam e qu

No presente. A luz fria e pálida do final do dia no aeroporto mal tocava o chão quando o jatinho de Liam pousou. Após o desembarque, Liam se dirigiu Olívia com uma frieza profissional. — Preciso resolver algo na empresa Henry vai acompanhar você. O outro motorista vai levá-los. Ele não se importou em dizer mais nada. Apenas entrou em um carro que já o aguardava e o veículo partiu rapidamente. Olívia ficou ali, a incerteza corroendo-a. Um outro carro, este menor e mais discreto, se aproximou. Henry sorriu para ela. — Vamos. O senhor Liam me pediu para levá-la à casa de sua avó primeiro— ele disse, suave. — Nós providenciamos um local confortável para ela, assim estarão juntas aqui. E o senhor Liam disse para lhe avisar, que vai encontrá-la mais tarde. - Espere... minha avó, vovó Claire está aqui? Como vocês... como sabiam que eu aceitaria? O senhor Henry apenas sorriu, essa mulher era rápida, a proposta de Liam nunca teve como opção Olívia recusar. Eles garantiriam que ela

Liam tomou um gole de seu whisky, observando-a com uma sobrancelha arqueada. Ela é interessante, não parece um coelho assustado nem uma raposa astuta, desde que fez a proposta essa garota agiu fora de suas expectativas. — Privacidade? — Ele repetiu, o tom de voz zombeteiro. — Sim, privacidade! — ela reafirmou, a frustração evidente em cada palavra. Sua expressão era de desgosto, uma vontade de reagir. Um sorriso cruel, que não chegava aos olhos, surgiu em seus lábios. Ele respondeu com um falso lamento na voz. — Então a sua vida vai ficar um pouco complicada aqui. Sabe... a casa é minha. Olívia fechou os olhos, respirando fundo. Esse cara. Retiro o que disse, ele é ruim, um idiota. Completo. Apesar disso, eles estavam casados, não sabia por quanto tempo teria que ficar, agora precisavam se entender. Respirou novamente. O ar luxuoso da casa, o cheiro de madeira e whisky, e a presença de Liam, tudo parecia um lembrete de que ela não estava mais no seu mundo. Ela precisava ser

O final de semana chegou rápido, agora Olívia e Liam estavam mais habituados um com o outro, apesar dela ainda se sentir insegura perto dele, a frieza de suas expressões fazia ela se sentir à beira do precipício. O relógio na parede do saguão da casa já marcava sete horas. Liam esteve discutindo durante a semana em reuniões de diversos setores da empresa, mal teve tempo para fazer uma boa refeição, os preparativos para as operações da empresa estavam a todo vapor. Ir em busca de uma esposa, atrasou os planos, mas hoje seria sua grande estreia. Ele vinha "treinando" com Olívia todas as noites e já estavam um pouco mais a vontade, mas ela ainda ficava insegura às vezes, mas felizmente não era uma donzela frágil. Ele terminou o dia e depois de chegar em casa tomou um banho rápido e se arrumou para o jantar na casa dos Hale. Agora aguardava Olívia chegar na sala de estar, a austeridade de seu terno preto impecavelmente alinhado com a frieza de sua expressão. Ele estava bonito, de um