O som que o macho fez ao ter sua garganta cortada ficaria para sempre em minha memória. Um gorgolejar desesperado, enquanto suas mãos seguiam para a ferida aberta. Seus joelhos vacilaram e meu irmão... Meio-irmão. Mellinoe me corrigiu. Meu meio-irmão caiu de joelhos no chão de pedra, seus olhos refletiam o terror que ele sentia. Eu fiquei parada, olhando-o. — Mostre o caminho, fêmea. — A voz de Kael se ergueu sobre mim, uma ordem imponente. Arfei e olhei para ele, desviando o olhar pela primeira de Otávio, que já não respirava mais. — Você... — Você o matou, eu ia dizer, mas seus olhos escureceram. — Tente não matar mais ninguém. — falei ao invés disso. Segui em direção a porta com o macho atrás de mim, mesmo tendo passado anos enjaulado, seu corpo ainda era muito mais forte que o meu, seu tamanho intimidaria qualquer lobo guerreiro. E seus olhos, frios como os de um assassino. Segui pelos corredores vazios, descendo escadas, virando para a direita, até chegar ao último corre
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