Capítulo 82: Zayan...As verdades ditas ali, fizeram eu ficar zonzo.... Como tudo isso era possível?...Fiquei apavorado quando Lorena desafiou Joshua e quando dei um passo a frente, o barulho metálico da porta principal se abriu como um estrondo. Passos firmes, ecoaram contra o cimento. Uma mulher alta, cabelos longos de seus 40 anos entrou... impecável em seu sobretudo escuro, um olhar de aço faiscando como lâmina. Atrás dela, homens armados espalhavam-se em formação, cercando o galpão com precisão militar.O silêncio tomou conta, Daphne que antes ria e se sentia no controle, agora hesita com uma arma nas mãos.— Soltem-na, agora! — A voz da mulher era baixa, mas carregada de uma autoridade que não permitia contestação.As mãos dos sequestradores tremeram nas armas, mas nenhum deles ousou disparar primeiro. O galpão inteiro estava mergulhado numa tensão sufocante, como se o ar tivesse ficado mais pesado.— Eu disse… soltem-na! — repetiu a mulher, cada sílaba pronunciada como uma s

Capítulo 84: Zayan...Emma colocou-se de pé, passou as mãos por seus cabelos e disse:— Eu... não sei nem o que dizer! Isso tudo é uma verdadeira loucura! Pai... Sua voz soou mais confusa.— Essa é a verdade, filha! Eu nunca quis ser um don, mesmo tendo sido treinado para isso... Maria me salvou, ela tem mais o sangue do nosso pai do que eu!— E como foi quando o vovô descobriu?— Ele teve que aceitar, afinal, não poderia lutar contra o conselho dos anciãos! — concluiu a mulher.— Então... a senhora é nossa tia? — perguntou Emma.— Sim e vocês tem um primo... Gabriel, o meu único filho, fruto do meu amor com Mário.— Me diz uma coisa... por que só agora resolveram revelar a verdade? Apresentar a nossa tia e...— Porque o seu pai sempre quis uma vida limpa, longe dos crimes da máfia! Quanto mais perto de nós, mais correm perigo! — Pedi ajuda a sua tia, porque não havia ninguém no mundo capaz de realizar esse resgate... Daphne nunca imaginou que eu pediria ajuda a sua tia!— A ma... q

Capítulo 86: Lorena...A despedida foi dura e essa semana sem Zayan, está sendo sufocante. Falta um pedaço de mim, sem ele aqui.A saudade pesa no meu peito como um peso que não tem onde me apoiar. Desde que foi para o Brasil, tento ocupar a cabeça em cada minuto para não sentir tanto a sua ausência, mergulho nos livros da faculdade, passo horas no fórum resolvendo processos intermináveis, e quando chego em casa, minhas pequenas me lembram que ainda tenho motivos para sorrir. As pequenas parecem sugar toda a minha energia e, ao mesmo tempo, me dão forças que nem sei de onde vêm. Cuidar delas, brincar, amar… é o que me mantém de pé. Mas quando a noite cai e o silêncio toma conta do apartamento, a falta dele é insuportável. Conversar por ligação ou chamada de vídeo, não mata a saudade. Hoje cedo, no intervalo de uma audiência, deslizava o dedo pela tela do celular em busca de uma mensagem dele dizendo que estava voltando, mas nada. Então fui olhar as últimas notícias, não esperava nada

Capítulo 88: Zayan...O caminho até a casa do homem, foi silenciosa. Eu e Theo, estavamos no banco de trás da viatura. Olhava para o lado de fora, observando a paisagem passar pela janela sem realmente enxergar nada. O policial no banco da frente, parecia tão tenso quanto eu. Como se pressentisse que aquela conversa não terminaria bem.Íamos contar ao deputado sobre o meu meio-irmão, sobre sua morte. Sei que não existe forma branda de dar esse tipo de notícia, mas nada me prepararia para o que estava por vir.Todos temem o homem por aqui, por ser deputado e muito poderoso. O policial comentou algumas coisas sobre a sua história de vida. O homem passou por vários divórcios, sempre envolvido em escândalos com mulheres e política. Teve apenas um filho, o preferido e mimado. Entramos pelos portões da luxuosa mansão. Na sala, encontramos o homem de seus 50 anos, cabelos grisalhos com uma postura arrogante e imponente.Os policiais se entreolharam, um deles respirou fundo e começou a falar

Capítulo 90: Lorena...O médico pediu alguns exames e assim que todos os resultados comprovaram que eu estava bem, me liberou.Cheguei em casa, tomei um banho e fiquei na sala com as meninas e minha irmã Milena.Ela se dispos a ficar aqui, até Zayan voltar.O telefone da sala começou a tocar e uma das meninas, sempre rápida, correu antes mesmo de minha irmã alcançar o aparelho.— Alô? — a vozinha doce respondeu, e logo brilhou de alegria. — Papaiii!Do outro lado da linha, pude imaginar o sorriso dele, mesmo sem ouvir ainda.— Estamos bem, papai. Mas a mamãe não… ela desmaiou e foi pro hospital. — falou tão inocente, como se fosse apenas um detalhe do dia. — Mas agora ela tá deitadinha, descansando.O silêncio dele foi pesado, quase palpável. A minha irmã correu e arrancou o telefone da mão da pequena, mas já era tarde demais.— Ela está bem, não se preocupe tanto… — minha irmã tentou amenizar.A voz dele veio tensa, urgente, quase sem respirar:— Como assim ela passou mal? Por que ni