— Alfa Derik, por favor, espere um momentinho!Estava a caminho da mansão, minha natureza angustiada por estarmos tempo demais sem tocar em nossa fêmea. As marcas ainda estavam frescas, a necessidade de ficar com ela era gritante. Apenas algumas horas sem a ver estava deteriorando o meu humor. Tudo o que eu queria era agarrar a minha fêmea e me afogar em seu aroma, no entanto, parecia que todos estavam dispostos a me interromper. Fui parado diversas vezes no caminho por alguém para me parabenizar ou perguntar algo.— O que você quer, Hira? V Perguntei com o rosto sério.— Eu preciso conversar com você!— Não tenho tempo, Hira, estou com pressa.— Eu gostaria de entregar o seu presente de união. — Me mostrou um pequeno embrulho.— Porque não entregou a minha fêmea, como manda a tradição?— Eu não quis incomodá-la com a minha presença, há muito mal-entendidos entre nós duas…Acetei o embrulho com desdém.— Mal-entendido? Hira, minha fêmea foi drogada e atacada, não creio que seja um mal

Os dias seguiram e não demorei para me adaptar a nova rotina. Como Luna, foram-me apresentados todos os assuntos referentes as fêmeas do clã. Para minha surpresa, Hira tinha deixado tudo organizado, prova da sua real competência para o cargo e aplicação das leis e normas do clã. Beta Tabita e Lorde Agar me ajudaram a aprender as diretrizes da figura feminina, seus direitos e deveres.Derik, ainda que ocupado, faz questão de me levar para a refeição do meio do dia, a diferença é que agora sento na cadeira da Luna, que ele sempre puxa bem para perto dele. Sei que, no fundo, ele gostaria de me manter em seu colo, mas consegui convencê-lo de que dez centímetros não são tão longe quanto ele tentou fazer parecer.Na tarde passada, Sunna e Tabita me levaram para visitar um imóvel abandonado, onde costumava existir um orfanato. Eu sentiria orgulho por não haver filhotes sem pais no clã, porém, a causa de estar abandonado era por não existirem filhotes além de Rael.Um lago cercado pelo que se

Ele— Que bom que finalmente pode nos dar o ar da sua graça, Alfa Derik! — Ares exalou um pouco do seu típico humor quando cheguei.Olhei em volta, um acampamento pequeno, porém, muito bem instalado, escondido por mata fechada e o próprio desfiladeiro. O fedor de diferentes lobos-perdidos e outras espécies era forte, eles de fato fugiram às pressas.— Tive um assunto repentino para resolver. Encontrou alguma coisa que nos possa ser útil?— Meus rastreadores estão varrendo o local junto aos seus. Não faz muito que cheguei, fiquei retido por uma tonelada de flores que você achou prudente enviar para a MINHA fêmea!Ah, essa era a razão do humor mais ácido ainda do que de costume.— Luna Esmeralda mereceu o que ganhou, Alfa Ares, ela tem um gosto muito peculiar em se tratando de presentes para a minha fêmea.Lá estava uma sombra de sorriso no rosto do estoico Alfa.Beta Eli saiu de uma pequena caverna e correu na minha direção.— Alfa Derik, precisa ver isso!Ares e eu seguimos Eli para d

ELAAbracei o meu Alfa e deitei a cabeça no seu peito. Ele acarinhou os meus cabelos distraidamente, olhando para o teto. De repente, me abraçou apertado e beijou a minha cabeça, com um suspiro.— Achamos um acampamento de lobos perdidos não muito longe daqui. — Ele deixou a frase solta e senti uma corrente fria percorrer a minha espinha. — Eu acredito que é o lugar onde você esteve aprisionada.— Onde… é… Como você sabe que estive lá?— Senti a sua essência em uma das celas…. Aquele lugar… — Ele passou a mão pelo rosto, aflito. — Eu queria ter encontrado antes, menos de duas horas do meu território, eu devia… você estava tão perto o tempo todo… Se eu soubesse, eu tinha que ter te procurado mais!Ergui o meu corpo, me apoiando sobre o cotovelo.— Ei, meu Alfa, não fique assim, você achou que eu estava morta, como poderia saber?Ele me encarou, havia tristeza e culpa em seu semblante.— Eu tinha que saber, Nadja! Aquele lugar…. O que fizeram… Eu queria matar todos os envolvidos nessa m

ELE Sentei no meu trono, no salão de reuniões, sem dizer nada. Nadja descumpriu tudo o que tínhamos combinado e o meu lobo estava lambendo os dentes, irritado e excitado, exibindo imagens, no mínimo, inquietantes, na minha mente. Alfa Freyr estava em pé na minha frente, e logo atrás dele, o gama que Nadja reconheceu e mais dois outros machos. O restante do seu clã foi deixado no pátio da entrada da minha mansão, cercados por meus homens. — Explique-se! — Ordenei encarando o jovem Alfa. — Não vai me oferecer um lugar para sentar? — Ele questionou, sorridente, as sobrancelhas erguidas. Ele era irritante, simpático demais para um Alfa e, por alguma estranha razão, minha fera simpatizou com ele. — Senta aí, escolhe um lugar, ou senta no ch&atil