Capítulo 61 — A senhora do submundoNarrador:Dominic a levou até a casa da avó, dirigindo em silêncio, até que, finalmente, quebrou o silêncio quando estavam perto.— Senhora Adler, chegamos.Aylin piscou. Seu estômago revirou-se com desconforto.— Não me chame assim.Dominic arqueou uma sobrancelha, parando em frente à casa.— Como?Aylin soltou um suspiro, virando a cabeça para ele.— Você sabe a verdade. Não há necessidade de formalidades comigo. Me chame como sempre. — Dominic a observou por um instante, avaliando-a com um olhar perspicaz. — Nada mudou — acrescentou Aylin, com firmeza — Nem para você, nem para mim.Ele soltou uma risada baixa, cheia de ironia.— Claro que não — murmurou ele, mas havia algo divertido em seu tom. — Como quiser, Aylin.Ela assentiu e desceu do carro, sem notar o sorriso com que Dominic a observava enquanto ela se afastava. Nada havia mudado. E, ao mesmo tempo, tudo havia mudado.Aylin entrou em casa e encontrou sua avó na cozinha, mexendo um chá com

Capítulo 63 — Amo vocês doisNarrador:Aylin estava no quarto, desarrumando a bolsa com movimentos automáticos. A água quente do chuveiro havia relaxado seus músculos, mas sua mente continuava presa à intensidade de tudo o que havia acontecido desde que pisou na mansão.Ela vestiu a primeira coisa que encontrou na mala: um jeans confortável e uma camiseta simples. Nada de vestidos ou roupas que sugerissem que agora ela era a Sra. Adler. Não; Aylin era Aylin, e ponto final.Ela suspirou enquanto tirava mais algumas peças de roupa e as dobrava sobre a cama, quando ouviu três batidas suaves na porta. Ela se virou com a testa ligeiramente franzida.Por um instante, pensou que poderia ser Roman, mas descartou a ideia. Ele não batia.Deixou as roupas de lado e caminhou até a porta, abrindo-a sem pensar muito.E lá estava ela. Sasha. A menina a olhou com seus olhos grandes e escuros, os mesmos que tantas vezes ela tinha visto brilhar com rebeldia, malícia, doçura, com tantas emoções que ainda

Capítulo 65 — Você está me deixando louca!Narrador:Quando o jantar terminou, Sasha abraçou os dois com um sorriso de satisfação absoluta antes de ir para o quarto.Aylin e Roman caminharam em silêncio até o quarto, cada um perdido em seus próprios pensamentos, embora ela pudesse sentir a maldita energia do olhar dele queimando suas costas.Quando a porta do quarto se fechou atrás deles, Aylin girou nos calcanhares com a testa franzida, o maxilar apertado e os braços firmemente cruzados.— Não acredito na história que você contou.Roman encostou-se na porta, relaxado, com aquele sorriso zombeteiro que sempre a deixava furiosa.— Eu? Você foi quem começou com esse conto de fadas.Aylin bufou.— Eu só estava consertando a situação.Roman soltou uma risada grave e sombria.— Consertando? Você disse que eu te levei flores e me ajoelhei em uma praça.Aylin cruzou ainda mais os braços.— Parecia convincente.Roman avançou lentamente, sua presença preenchendo cada canto do espaço entre eles.

Capítulo 67 — Beijá-la e estrangulá-la...Narrador:Roman permaneceu em silêncio por um momento, respirando fundo, ainda com o corpo colado ao de Aylin, ainda sentindo-a tremer em seus braços, ainda completamente perdido na intensidade do momento. Mas então, algo mudou. Ele olhou para ela. Não com a arrogância com que costumava devorá-la, não com a diversão sombria que costumava tingir sua expressão após cada batalha entre eles. Desta vez, ele olhou para ela com algo mais profundo.Sem dizer uma palavra, deslizou as mãos até as amarras em seus pulsos e, com uma lentidão incomum nele, desfez o nó da gravata.Aylin mal teve tempo de processar quando sentiu o calor dos dedos dele envolvendo seus pulsos, esfregando-os suavemente, acariciando a pele avermelhada pela pressão.Roman traçou pequenos círculos com os polegares, como se quisesse apagar cada marca que ele mesmo havia deixado. E então, com um gesto completamente inesperado, levou um dos pulsos dela à boca e depositou um beijo ali.

Capítulo 69 —MaNarrador:Aylin acordou antes de Roman. Com cuidado, ela deslizou para fora da cama, sentindo o calor residual do corpo dele colado à sua pele. Ela não parou para olhar para ele nem pensar muito no que tinha acontecido na noite anterior. Limitou-se a pegar roupas confortáveis e descer silenciosamente as escadas em direção à cozinha.Ela não esperava encontrar a cena que a aguardava.Sasha estava em pé diante da mesa, com um avental enorme que claramente não era dela e uma expressão de pura concentração enquanto terminava de arrumar os pratos. Aylin parou na soleira da porta, piscando.— O que é isso?Sasha ergueu os olhos imediatamente e um sorriso brilhante iluminou seu rosto.— Café da manhã!Aylin arqueou uma sobrancelha, ainda sem se mover.— Você fez isso?A menina inflou o peito com orgulho e assentiu.— Sim. Bem, Amalia me ajudou com algumas coisas... — ela apontou para a bancada, onde a governanta as observava com um sorriso divertido — mas eu fiz todo o resto.