Christian não se importou em sair de casa no dia seguinte, ele sabia que Lindsay não disse nada ao marido, caso houvesse dito, Christopher teria ido atrás dele. Confiante, desceu para o café da manhã com um sorriso vitorioso nos lábios. Não iria ao hospital pela manhã, Christopher e Lindsay já haviam saído deixando ele e o pai para trás. - Bom dia pai! Mal fechou a boca e David lhe deu um forte soco no estômago, fazendo com que andasse para trás três passos. Para um homem que passou dos cinquenta, seu soco era forte. - Seu moleque mimado! Como pôde invadir o quarto de sua cunhada? Perdeu a sanidade mental? David estava bufando de raiva, não esperava do filho uma atitude tão baixa. Os olhos de Christian escureceram perigosamente, seu pai nunca havia encostado um dedo nele. Aos vinte e nove anos, apanhou do pai pela primeira vez. - Te acompanhei até aqui para visitar sua mãe, além de não ser capaz de lhe dar carinho e respeito, arruma problemas com seu irmão e tenta agredi

Havia quinze dias que Christian estava fora do país, tentando não incomodar o raro descanso do chefe, Philip lidava da melhor forma com a Bioquímica Boolt. A volta de Penélope para a sede da empresa, ajudou muito, mas os acionistas pareciam gostar de criar problemas nos momentos mais delicados e exigiam uma reunião com o presidente. - Philip, vamos tentar controlar isso de forma que Christopher não precise vir. - Já tentei, mas eles estão irredutíveis. querem uma reunião o mais rápido possível. Eles estão ameaçando congelar o capital da empresa caso não sejam atendidos. - Qual é o motivo pra esse rebuliço todo? - Uma transação de mudança de ações. Um percentual de apenas dois por cento. Também estão alegando que os lucros estão estagnados e nos acusam de estar retendo fundos. - Não vamos incomodar o Christopher só por isso. Marque a reunião e vamos conversar com eles. Philip até tentou, mas não adiantou nada. Acionistas são sempre desconfiados e atentos, mas os da Bioquímica Bo

Sabendo que o avô iria embora, Irwing andava grudado nele. Lindsay sentia pena de David que com cinquenta e oito anos, se esforçava para agradar o neto. - Irwing, o vovô fica cansado. Você não deixa ele quieto nem um minuto. - Deixa ele, o vovô gosta de brincar com ele. Vou sentir muita falta dele quando voltar para casa. - O Sr pode ir vê-lo sempre que quiser, também pode falar com ele por vídeo. - Eu sei, mas não é a mesma coisa. Depois que soube que o neto não tinha falecido, David ficou feliz. Mas todo o tempo tinha que tomar cuidado, não queria deixar Christian triste. Agora, não queria se afastar do neto, Irwing era tão fofo, inteligente e dono de uma energia contagiante. David se sentia útil e até mais jovem cuidando do neto. Em poucos dias correndo atrás dele, jogando bola, andando de bicicleta ou montando legos, David sentiu sua resistência aumentar. Irwing era a academia que ele se recusou a fazer. As crianças realmente trás novas energias a quem está ao redor delas,

Quase uma da manhã, Lindsay se despediu deles, Irwing estava dormindo e David fez questão de levar ele no colo. - Boa viagem, meu amor! - Já estou morrendo de saudades. Pense em mim, vou estar pensando em você o tempo todo. - Eu também! Depois de um longo beijo, Christopher, relutante em deixá-la, finalmente entrou no carro. Lindsay ficou olhando o carro partir e só entrou em casa quando as luzes desapareceram de sua vista. Era estranho estar sozinha em uma enorme casa pela primeira vez. Por cautela, Christopher orientou os seguranças a se mudarem para o primeiro andar da casa e para Lindsay não ficar sozinha, pediu à governanta para dormir no segundo andar. Ainda assim, ela se sentia só. Depois de vários dias dormindo com o marido, o quarto parecia estranho, a cama grande demais para ela. No avião, Christopher acomodou o pai no quarto com seu filho. Depois de acomodar Irwing no bercinho, orientou o pai a descansar. David estava espantado com o que via, era um luxo que nunca tev

Christopher silenciou o telefone após falar com Lindsay. Chegou cedo na empresa para se inteirar da reunião com os acionistas, tinha acabado de tomar o café da manhã e na Suiça, já era hora do almoço. Passou a manhã com Philip e Penélope se preparando para a reunião e não olhou mais o celular. Foi ao encontro do conselho com sua postura reta e rosto sério, não se deixou levar por bajulações de um ou outro acionista pelo caminho, estava determinado a dar um cala boca em todos eles. - Senhores, me fizeram vir até aqui às pressas, então vamos ser breves e objetivos. Philip, qual o primeiro assunto? - Os Srs, estão questionando a venda de dois por cento das ações e o lucro dos últimos três meses. - É verdade! Se as ações vão ser vendidas, o estatuto reza que deve ser ofertadas primeiro aos membros do conselho. O Sr Hans mal esperou Philip terminar de falar. Ele era sempre o mais afobado e o primeiro a questionar. Recebeu de Christopher um olhar tão frio, que quase se encolheu na c